Uma iniciativa conjunta e inédita entre Polícia Civil e Secretaria Municipal de Assistência Social de Ipatinga promoveu uma reflexão sobre a questão da violência contra a mulher no município por meio de um encontro realizado no dia 26. O evento reuniu cerca de 100 policiais da 12ª Delegacia de Polícia Civil de Ipatinga. O evento foi realizado no auditório da sede da Polícia Civil.
O titular da Delegacia Regional de Polícia Civil de Ipatinga, Thiago Alves Henriques, abordou em palestra o acolhimento à mulher vítima de violência. Ele destacou aspectos como a vulnerabilidade das vítimas e como chegam à delegacia para serem atendidas.
Políticas públicas desenvolvidas pela Prefeitura de Ipatinga foram apresentadas pela diretora do Departamento de Proteção Social Especial e da equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Trata-se de uma questão de alta complexidade que requer uma série de cuidados e muita sensibilidade nas interferências, observou.
O representante do Ministério Público que atua na 8ª Promotoria de Justiça, Mateus Beghini Fernandes, explanou sobre os aspectos legais da Lei Maria da Penha, que garante a proteção das mulheres contra qualquer tipo de violência doméstica, seja física, psicológica, patrimonial ou moral.
Segundo a diretora do Departamento de Proteção Social Especial, Cláudia Castro, a reunião possibilitou uma reflexão ampla sobre a questão da violência para melhorar o atendimento às vítimas, socorrer aquelas mulheres que têm receio de procurar ajuda e consideram que estão diante de uma situação irreversível. Ampliamos o olhar para a posição da mulher na sociedade, que é namorada, esposa, mãe de família, para tentar tratar com mais eficiência este problema, que atinge inúmeras famílias, citou Cláudia Castro.
A integração entre os agentes empenhados em soluções para a problemática, na visão de Cláudia, foi o maior ganho do evento. A aproximação entre os profissionais do Creas e da Polícia Civil certamente é fator determinante para o êxito das ações reparadoras e de inibição das ocorrências. Foi um momento especial para esclarecer qual é o papel do poder público nesse fluxo de atendimento à mulher vítima de violência em Ipatinga, citou.