Segundo especialista, descoberta precoce do HIV pode contribuir no tratamento do vírus

No Dia Mundial da Luta contra a AIDS, que ocorreu nesse domingo (1º), o infectologista de Divinópolis Lécio Vasconcelos falou sobre a importância do diagnóstico precoce da doença e a utilização dos medicamentos de forma adequada. “Hoje só morre de Aids quem descobre a doença tarde demais ou não trata”, afirmou o especialista em entrevista ao G1.

Nos últimos cinco anos, em Divinópolis, 285 pessoas foram diagnosticadas como portadoras do vírus do HIV. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, 2016 foi o ano que mais ocorreram registros da doença, sendo 60 casos. Em 2015 houveram 48 registros, em 2017 foram 66 e no ano de 2018, 63 pessoas contraíram a doença. Neste ano, até o dia 26 de novembro foram contabilizados 38 casos.

Para o infectologista, a forma mais eficaz de tratar é descobrir a doença o mais cedo possível. Em todo território nacional é possível fazer o teste rápido, que garante resposta imediata à pessoa que suspeita ter contraído o vírus. Na cidade de Divinópolis, o teste é oferecido gratuitamente no Serviço de Assistência Especializada em HIV.

Lécio ainda ressalta que quem recebia o diagnóstico da doença, em décadas anteriores, tinha junto uma verdadeira sentença de morte. Com o passar do tempo, o tratamento e os medicamentos evoluíram e quem se trata adequadamente, pode levar uma vida normal e viver vários anos.

Para a descoberta rápida da doença é preciso estar em dia com os exames e, após uma exposição de risco, é necessário fazer o teste o mais rápido possível.

 

Formas de contágio

Na entrevista, o especialista ainda destaca que a transmissão no ato sexual é a principal forma de contágio, no entanto, também é possível contrair por transfusão de sangue e infecção vertical, que é quando a gestante passa para o bebê. Contudo, se for feito tratamento preventivo no pré-natal as chances de passar o HIV para o feto caem para quase 1%.

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