Clima pode interferir nas taxas de infecção por Covid-19, conclui pesquisa da UFV

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A pesquisa começou a ser realizada no período inicial da pandemia, analisando os dados de 52 países

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) realizou uma pesquisa sobre a relação entre clima e a Covid-19 em nível mundial. O estudo pretendia ajudar a compreender a propagação do vírus durante as estações. Pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento (PPGGM) da instituição realizaram o trabalho.

O estudo começou no início da pandemia. Pesquisadores analisaram dados relacionados ao clima, economia e disseminação do coronavírus em 52 países. Os números são de 31 de dezembro de 2019 a 13 de abril de 2020, verão e outono no hemisfério sul, e inverno e primavera no hemisfério norte.

Descobertas científicas

Bruno Leichtweis, autor da pesquisa e doutorando, declarou que o estudo indicou relação entre a propagação do vírus e a radiação solar. Bruno também disse que países mais preparados para a pandemia apresentaram maior controle da disseminação do vírus, não sofrendo influência do clima. Enquanto os despreparados tiveram maior taxa de contaminação, influenciados por mudanças climáticas.

Já o professor Felipe Lopes Silva esclareceu que países mais frios apresentaram maiores taxas de contágio da Covid. Portanto, foi constatado que há uma relação da doença com temperaturas mais baixas. Porém, o resultado desse fator depende de como cada país lida com as estações mais frias.

A pesquisa concluiu que políticas públicas, investimentos na saúde e preparo foram mais relevantes no combate à Covd-19 que fatores climáticos. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) contribuíram para o estudo.

Foto: Universidade Federal de Viçosa/Divulgação

 

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