Ministério Público recebe relatórios da investigação sobre a antiga diretoria do Cruzeiro

A Polícia Civil do Estado concluiu a operação “Primeiro Tempo”, que investiga as irregularidades no comando de Wagner Pires de Sá, quando ele era presidente do Cruzeiro. Toda a documentação e os relatórios sobre o caso já estão com a Promotoria de Justiça de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público de Minas Gerais.

Além do ex-presidente, o ex-vice de futebol Itair Machado, o ex diretor-geral Sérgio Nonato e mais quatro empresários de futebol: Carlinhos Sabiá, João Ramalho, também conhecido como João da Umbro, Wagner Cruz e Cristiano Richard foram indiciados pela polícia. Os principais crimes envolvidos são lavagem de dinheiro, organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e falsificação de documentos.

Essas informações são do deputado estadual Léo Portela, que também é responsável pela Superintendência de Relações Institucionais e Governamentais no clube celeste. Ele está no cargo desde junho e é quem acompanha as investigações e faz a interlocução entre o Cruzeiro e as autoridades.

“A investigação foi conduzida de maneira brilhante pela Polícia Civil, pelo Departamento Estadual em Investigação de Fraudes. O relatório foi concluído e encaminhado para o Ministério Público Estadual. Isso é uma vitória do Cruzeiro, da nossa diretoria, que sempre abriu as portas do clube para que o trabalho investigativo da Polícia fosse feito da maneira mais célere possível”, afirmou Portela.

Os relatórios da Polícia Civil ainda citam os agentes João Ramalho e Wagner Cruz ligados à renovação de contrato do goleiro Fábio, já que Cruz recebeu comissão sem ser agente do jogador. Carlinhos Sabiá teria realizado a venda do lateral Mayke sem ao menos ter relação com o atleta. Já Cristiano Richard tem o nome em um contrato de empréstimo de R$2 milhões com o Cruzeiro em que a garantia de pagamento era parte dos direitos econômicos de jogadores, incluindo um menor de idade.

Léo Portela afirma que as investigações não terminaram e não vão parar. Em breve, a Polícia Civil vai iniciar a operação “Segundo Tempo”, que dará continuidade na apuração da gestão irregular no Cruzeiro nos anos 2018 e 2019.

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