Descaso: criança de sete anos desmaia, após perder muito sangue e ter atendimento negado no Regional

Uma criança, de sete anos, desmaiou, na porta da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA III), do Bairro Peluzzo, após perder muito sangue por conta de um corte no dedo. A mãe teria levado a criança para o Hospital Regional Antônio Dias – HRAD, mas o atendimento teria sido negado. O fato aconteceu na noite desta quarta-feira (19). Após uma hora de sangramento, a mãe conseguiu levar a criança para a emergência da UPA, porém o menino já chegou desacordado.

Segundo a mãe, o garotinho de sete anos se cortou com um caco de vidro na rua e chegou chorando em casa, que fica no Bairro Coração Eucarístico. Desesperada, a mãe pegou a criança e foi de ônibus até o Hospital Regional Antônio Dias. Mesmo com ferimento coberto com pano, o menino perdeu bastante sangue no caminho.

Segundo a mãe, no HRAD, a atendente mal olhou para ferimento e disse que este atendimento era para UPA. Ao pedir um transporte para lá, a mulher apontou o orelhão e pediu para ligar para o SAMU.

A mãe ligou no 192 e foi atendida por uma médica, que disse não poder mandar a ambulância, pois ela já estava no pronto-socorro do HRAD. Teoricamente, não havia o porquê mandar uma ambulância de emergência para porta de uma emergência hospitalar. Desesperada, a mãe foi, com o menino sangrando, até a Avenida Getúlio Vargas para esperar um ônibus e ir até a UPA.

Por sorte, uma pessoa que estava no ponto ligou para um professor de primeiro socorros que pegou o próprio carro e foi ao local. Rapidamente e, com a ajuda da filha, de 11 anos, o socorrista levou a criança na UPA, que chegou desacordada. Ela perdeu bastante sangue no caminho.

Já na Unidade de Pronto-Atendimento, a criança recebeu os primeiros socorros e levou cinco pontos no dedo. Ela ainda teve que tomar soro e outros medicamentos por conta da falta de sangue. O menino passa bem.

Após o susto e muito revoltada, a mãe acionou a Polícia Militar e registou um boletim de ocorrência. Os policiais foram até o hospital, mas a atendente já estava em casa. Segundo a polícia, em contato com ela, a mulher teria dito que apenas seguiu o protocolo.

O carro do socorrista que ajudou a mãe ficou com uma possa de sangue no banco de trás. Ele ressaltou que, se a criança demora mais alguns minutos para receber atendimento, poderia vir a óbito.

Postado originalmente por: Clube Notícia – Patos de Minas

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