Médico investigado por morte de dentista em Patos de Minas é liberado de recolhimento noturno

O médico Daniel Tolentino, investigado pela morte da dentista Roberta Pacheco de 22 anos, em março deste ano, em Patos de Minas, recebeu habeas corpus favorável da Justiça para deixar o recolhimento noturno e mudar de comarca. A decisão foi publicada na última quinta-feira (11) pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. A decisão da Justiça também autoriza o médico a mudar de comarca para exercer a profissão. O médico esteve preso no Presídio Sebastião Sátiro entre 18 de março e 20 de abril, quando teve a prisão revogada. A Justiça então decretou medidas cautelares. Ele não poderia sair da cidade e ficou obrigado a se recolher em casa entre 20h e 6h, inclusive em finais de semana e feriados.

Decisão

Na decisão, que foi unânime de três desembargadores, o relator Agostinho Gomes de Azevedo afirmou: “concedo parcialmente a ordem para revogar apenas a medida de recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga e readequar aquela de proibição de ausentar o paciente da Comarca de Origem, ficando resguardado ao paciente o direito de mudar de domicílio para o exercício de sua profissão de médico”. No entanto, o magistrado ponderou que, para tal, o médico precisa formular pedido ao juízo impetrado, fornecendo os seus futuros endereços residencial e comercial. Além disso, segue impedido de conversar com testemunhas. “Ficam mantidas as medidas cautelares referentes à proibição de contato por qualquer meio de comunicação com as testemunhas e ao comparecimento periódico em juízo, fixando-se o juízo impetrado a periodicidade de tal comparecimento”, finalizou.

Entenda o caso

Na madrugada do dia 4 de março o casal foi para um hotel no Bairro Lagoa Grande. Em depoimento, Daniel contou à Polícia Militar que, após terem relações sexuais, Roberta teve uma convulsão, seguida de uma parada cardíaca. Ela foi retirada do quarto e, no corredor do hotel, Daniel tentou reanimá-la. Depois, ele pediu ajuda ao porteiro, que chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levou a jovem ao Hospital Regional. No dia, o oftalmologista contou à polícia que Roberta tinha consumido a bebida “xeque-mate”, composta de vodca e chá mate. Daniel também disse que não sabe se a namorada tomava algum tipo de medicamento e negou que tenha tentado dopá-la com algum tipo de droga.

A PM esteve no hotel e conversou com o porteiro, que confirmou a versão do namorado e disse que essa foi a primeira vez que eles se hospedaram no local. O porteiro também falou à PM que Daniel chegou ao hotel pela manhã e, durante o período da noite, voltou acompanhado da namorada e que ambos aparentavam estar sóbrios. Ainda segundo a PM, o porteiro disse, ainda, que por volta das 2h da madrugada Daniel teria saído do quarto para buscar algo no carro, mas não soube informar do que se tratava. Ao tentar socorrer a moça, o porteiro disse que viu objetos eróticos no quarto e que a jovem estava com um par de algemas em um dos braços durante a convulsão.

Fonte: G1/Triangulo

 

Postado originalmente por: Clube Notícia – Patos de Minas

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