Empreendedoras de Minas se reúnem em Fabriciano para o 2º Feme

Wôlmer Ezequiel

Durante todo o dia, as integrantes do 2º Feme participaram de palestras, painéis e atividades culturais

Realizado pela Federaminas Mulher e os Conselhos das Mulheres Empreendedoras das Associações Comerciais de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Itabira, Santa Bárbara e Timóteo, o 2º Fórum Estadual da Mulher Empreendedora – Feme – reuniu, aproximadamente, 400 mulheres de todas as regiões de Minas Gerais para debater o papel feminino na sociedade e, em especial, na classe empresarial.

O evento foi realizado nessa sexta-feira no Hotel Metropolitano, em Coronel Fabriciano. A programação oficial iniciou às 8h e foi encerrada às 19h. Durante todo o dia, as integrantes do 2º Feme participaram de palestras, painéis e atividades culturais.

A presidente da Federaminas Mulher, Yêda Fernal, destaca que o evento possui um formato para a instrução e estímulo ao empreendedorismo feminino. “O Fórum foi pensado para congregarmos as mulheres de Minas Gerais, nele promovemos palestras, capacitações e nós podemos estabelecer novos contatos e networks. Calculo que 400 mulheres, de 25 cidades diferentes, estão sendo impactadas diretamente pelo 2º Feme”, informa Yêda.

Presidente da Federaminas, Yêda Fernal, explica os objetivos do fórum

Para a executiva, as mulheres já desempenham função importante na classe empresarial, mas a representatividade entre os altos cargos ainda é pequena. “Nos cargos mais baixos nós somos a maioria. Porém, as mulheres param no cargo de gerência, às vezes, por opção própria de vida. Mas quando analisamos os cargos altos das grandes empresas, as mulheres têm apenas 6% de participação. Portanto, as entidades como a Federaminas Mulher e os conselhos, abraçam essas mulheres e fomentam este empoderamento”, destaca Yêda.

Equilíbrio
Uma das palestrantes do evento, a psicóloga e master coach Carla Caligiorne, indicou que a mulher busca, de forma necessária, a equidade de gênero e representação social, mas começa a entrar em um novo modelo de ação, com foco no equilíbrio.

“A mulher da nova era está caminhando para um ponto mais central. Como fomos consideradas por muito tempo um ser desnecessário, submisso, sem posição política, social e jurídica, nós precisamos ir para um outro polo, o de desbravar para conquistar um lugar. Este posicionamento também adoeceu a mulher. O convite para a mulher da nova era com inteligência é que ela venha para o ponto do meio, onde irá equilibrar o princípio ativo, que é a ação e busca, com o princípio receptivo que é a natureza da vida, a de acomodar, aguarda. Em tudo precisamos da ação e do momento de aguardar, e é este equilíbrio que a mulher começa a encontrar”, pontua a psicóloga.

Novos modelos de negócio
No 2º Feme, vários negócios desenvolvidos ou com foco na mulher foram apresentados. A sócia-fundadora da startup Ventres, Elis Anne Coutinho, abordou sobre o empreendedorismo social. “A nossa empresa objetiva principalmente o impacto social, depois o lucro. A ideia é atender psicologicamente mulheres vítimas de violência sexual. Este é um modelo novo, pois não é uma ONG, mas também não visa só o dinheiro. O papel da mulher para a propagação do empreendedorismo social é muito importante, pesquisas apontam que 80% deste modelo é feito por nós, precisamos fomentar o ecossistema e trazer novas mulheres para fortalecer ainda mais os laços”, avalia a empreendedora.


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