Estudantes de Ipatinga disputam etapa final de competição nacional

DivulgaçãoSophia Nahas, Sofia Maia e Graziela Barros desenvolveram um aplicativo para facilitar e estimular denúncias de crimes ambientais Três alunas do 9º ano da Escola Educação Criativa, de Ipatinga, estão disputando a final da maior competição de empreendedorismo do Brasil para estudantes dos ensinos Fundamental e Médio. Sophia Nahas, Sofia Maia e Graziela Barros formam a equipe “Bem-te-vi” e representam Minas Gerais como uma das oito finalistas do “Start SFB”, competição nacional promovida pelo Sistema Farias Brito, do Ceará, em parceria com as plataformas educacionais internacionais DreamShaper e Santillana.As três ipatinguenses desenvolveram um aplicativo para facilitar e estimular denúncias de crimes ambientais, e aguardam confiantes o resultado oficial da competição, que será anunciado neste sábado (10), em solenidade on-line que poderá ser acompanhada no site http://startfb.com.br/. Os trabalhos – disponíveis no link https://youtu.be/NCOPfE9pzGg – serão avaliados por uma banca de educadores brasileiros e estrangeiros, mas os internautas de todo o país também poderão votar, acessando esse mesmo endereço eletrônico.Combate a crimes ambientaisO projeto das três estudantes foi feito como uma resposta aos incêndios florestais e a outros crimes ambientais que têm ocorrido nos últimos meses em todo o território nacional. A ideia surgiu a partir dos incêndios registrados na zona rural de Ipatinga, notadamente no bairro Pedra Branca, onde mora uma das integrantes do grupo, Sophia Nahas. Em princípio, o aplicativo poderá ser desenvolvido por algum órgão publico ou empresa de Ipatinga, mas a proposta é de ampliar sua área de cobertura para todo o Vale do Aço, outras cidades e estados.“Fogo na mata e poluição dos cursos d’água, entre outros crimes ambientais, incomodam a muitas pessoas, mas poucas acabam fazendo qualquer coisa para combatê-los, por medo, desconhecimento ou alguma dificuldade. Então pensamos numa forma de incentivar e facilitar o registro de denúncias de crimes contra o meio ambiente, e desenvolvemos esse aplicativo”, resume Sophia Nahas.Até chegar à fase final do “Start SFB” foi uma longa caminhada. As três alunas começaram a trabalhar no projeto no mês de julho e, mesmo com as aulas suspensas por causa da pandemia, foram vencendo todas as etapas até restarem apenas oito finalistas, de um total de 400 inscritas. Uma das primeiras tarefas foi realizar uma pesquisa com moradores de Ipatinga, cujo resultado mostrou que 57% das pessoas já presenciaram algum crime ambiental; desses, porém, 92% acabaram não fazendo nenhuma denúncia.Tecnologia em tempos de pandemiaTodo o trabalho da equipe “Bem-te-vi” foi feito de forma on-line, sem nenhum risco de contaminação por covid-19 pelos envolvidos, como esclarecem as estudantes. Por se tratar de uma competição voltada para o desenvolvimento de novas startups (proposta de negócio inovadora e com grande potencial de crescimento) e com o apoio de plataformas digitais, isso até que não foi problema. O mais complicado, como definem Sophia, Sofia e Graziela, foi criar um aplicativo prático, eficiente e acessível para participar de uma competição nacional e com várias fases eliminatórias.CompetiçãoO processo de elaboração e seleção dos projetos foi totalmente virtual, por meio da plataforma “DreamShaper”, que capacitou os participantes. No dia 20 de setembro, a equipe de jurados, formada por grandes empreendedores e líderes, escolheu os 16 projetos (oito de cada categoria) mais inovadores, bem validados e com maior potencial de sucesso no mercado. Um deles é o “Bem-te-vi”. No dia 1º de outubro foi realizado o chamado “Demo Day”, apresentações virtuais transmitidas para todo o país, e neste sábado serão anunciados os vencedores. A escolha dos melhores projetos levará em consideração critérios como tecnologia, impacto socioambiental, diversidade, inclusão, acessibilidade, inovação, conceito e viabilidade.A “Start FSB” é a primeira competição brasileira para criação de startups por estudantes dos níveis Fundamental e Médio (a partir dos 12 anos de idade) e cujo objetivo é descobrir e desenvolver jovens inovadores em todo o País. A iniciativa é do Sistema Farias Brito, método pedagógico presente em mais de 300 instituições de ensino brasileiras e reconhecida por ser a que mais aprova nos exames de admissão das universidades nacionais, e que conquistou o maior número de medalhas em olimpíadas internacionais de conhecimento.Os projetos inscritos foram desenvolvidos por meio da plataforma DreamShaper, ferramenta on-line de aprendizagem baseada em tecnologia e conteúdos simples e intuitivos e que conta com mais de 500 parceiros no Brasil, Europa e Oriente Médio. A competição tem ainda o apoio da Santillana, uma holding de negócios educacionais com atuação em vários países, que aposta na capacidade da educação de transformar vidas e de despertar o talento de cada um.

Postado originalmente por: Diário do Aço

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