Com a corrida em pânico, de milhares de motoristas na quarta-feira, para encher o tanque, a maioria dos postos de abastecimento do Vale do Aço amanheceu com as pistas fechadas nessa quinta-feira. Faltam combustíveis na maioria deles.
Em alguns ainda são encontrados etanol e gasolina. Em outros, têm gasolina aditivada, mas não tem etanol nem Diesel. A situação varia de acordo com a capacidade de estoque de cada estabelecimento comercial.
Na noite de quarta-feira, sem combustíveis em seus tanques e como medida emergencial, a empresa concessionária do transporte coletivo foi abastecer em um posto da avenida Cláudio Moura, no Centro de Ipatinga. Uma cena incomum foi vista, com os ônibus enfileirados à margem da rodovia, sentido Centro/Vila Ipanema, para fazer o retorno na Cláudio Moura e entrar para o único posto que tinha diesel suficiente para abastecer a frota, que hoje saiu às ruas para transportar trabalhadores.
Conforme o Diário do Aço informou na quarta-feira, em Ipatinga praticamente acabaram as botijas de gás de 13 quilos, o gás de cozinha. A explicação dos principais distribuidores é que os caminhões com as cargas de botija estão parados desde o começo da semana nos bloqueios nas rodovias.
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O que o governo está fazendo ?
Conforme a Agência Brasil noticia na manhã dessa quinta-feira, o presidente Michel Temer está viajando. Entretanto, antes de embarcar para Porto Real (RJ) e Belo Horizonte (MG), o presidente coordena, a partir das 8h45, no Palácio do Planalto, reunião para discutir o impasse em torno dos preços dos combustíveis.
A conversa ocorre no dia seguinte ao anúncio da Petrobras de redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 15 dias, medida considerada insatisfatória pelos caminhoneiros parados. Essa redução resultaria em uma queda de R$ 0,25 centavos por litro de diesel nas bombas. Passados os 15 dias, a tarifa será corrigida de forma progressiva até voltar a operar de acordo com a política de preços adotada pela estatal.
Temer convocou para a reunião os ministros Eduardo Guardia (Fazenda), Moreira Franco (Minas e Energia), Valter Casemiro (Transportes, Portos e Aviação), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
Com a decisão de ontem (23) da Petrobras, o governo espera conseguir negociar com o movimento dos caminhoneiros, que hoje atinge o quarto dia de greve, paralisando o abastecimento de vários setores no país. Os caminhoneiros se queixam do preço final do diesel.
