Ipatinga sedia neste mês Seminário Internacional sobre gestão das águas

Secom PMI

O adjunto da Sesuma, Breno Carone (E), participou da discussão da pauta do evento no escritório regional do PHI-Unesco na América do Sul, sediado em Montevidéu

Em uma parceria que envolve a administração municipal de Ipatinga, o Instituto Espinhaço, o Programa Hidrológico Internacional (PHI) da Unesco e a Rede Latinoamericana de Academias para a Ciência (Ianas), o município de Ipatinga vai sediar nos dias 20 e 21 próximos o Seminário Internacional “Compartilhando Águas: do Local ao Global”.

Encontro preparatório para o 8º Fórum Mundial da Água, programado para o período de 18 a 23 de março, em Brasília, a expectativa é que o evento traga à cidade representantes de 22 países, reunindo no Vale do Aço alguns dos principais especialistas, gestores e organismos envolvidos na gestão e na preservação dos recursos hídricos do planeta.

Como pauta do Seminário Internacional, que acontecerá no auditório da Faculdade de Direito de Ipatinga (Fadipa), estão previstas abordagens sobre a qualidade das águas na América Latina, Central, Norte e Caribe, a gestão integrada de territórios hídricos e os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. O evento acontece de 8h às 18h e é aberto à participação de todos os interessados.

Para que se tenha uma ideia do significado e abrangência da realização não apenas para a região, mas também para o Estado e o país, durante o evento será realizada reunião dos membros do PHI – Programa Hidrológico Internacional, conduzida pelo Escritório Regional de Ciência da Unesco para a América Latina e o Caribe, envolvendo os países participantes.

Para tratar de detalhes relacionados com a organização do Seminário, o presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira, e o representante da Prefeitura Municipal de Ipatinga, o secretário Adjunto de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), Breno Carone, estiveram nos dias 30 e 31 de janeiro no escritório regional do PHI-Unesco na América do Sul, sediado em Montevidéu, Uruguai. Na ocasião, foram promovidos alinhamentos e reuniões com Miguel Doria, representante do PHI-Unesco, e outros parceiros como o diretor do Centro Regional para a Gestão de Águas Subterrâneas na América Latina e Caribe – Ceregas, Alberto Manganelli, e, ainda, o Ministério do Meio Ambiente do Uruguai.

Em Montevidéu, os representantes brasileiros discutiram as pautas que serão abordadas no Seminário Internacional, bem como identificaram os especialistas internacionais que participarão do evento.

O público presencial estimado para os dois dias do Seminário é de cerca de mil pessoas, incluindo especialistas, cientistas, gestores e representantes de OSC’s, órgãos públicos e privados de todo o Vale do Aço e de outras regiões de Minas Gerais e do Brasil. Entretanto, o alcance será expandido a um público significativamente maior, com a transmissão ao vivo do evento, através de link próprio, em canal aberto, nas mídias sociais.

A extensão do problema

Globalmente, a demanda de água deverá aumentar significativamente nas próximas décadas. Além do setor agrícola, que é responsável por 70% das captações em todo o mundo, grandes necessidades são previstas para a indústria e a produção de energia. A urbanização acelerada e a expansão dos sistemas municipais de abastecimento de água e saneamento também contribuem para o crescente consumo.

Dois terços da população mundial vivem atualmente em áreas que passam pela escassez de água por, pelo menos, um mês ao ano. Cerca de 500 milhões de pessoas habitam em áreas onde o consumo excede os recursos hídricos localmente renováveis. Áreas altamente vulneráveis, onde os recursos não renováveis (ou seja, as águas subterrâneas fósseis) continuam a diminuir, tornaram-se altamente dependentes das transferências de áreas com água abundante e, assim, estão buscando ativamente fontes alternativas acessíveis.

Degradação

A disponibilidade de recursos hídricos também está intrinsecamente ligada à qualidade da água, já que a poluição das fontes de água pode coibir diferentes tipos de usos. O aumento do despejo de esgoto não tratado, combinado ao escoamento agrícola e às águas residuais inadequadamente tratadas da indústria, resultou na degradação da qualidade da água em todo o mundo.

Se as tendências atuais persistirem, a qualidade da água continuará a se degradar nas próximas décadas, em particular nos países pobres em recursos e com áreas secas, ameaçando ainda mais a saúde humana e os ecossistemas, contribuindo para a escassez de água e restringindo o desenvolvimento econômico sustentável.


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