No dia dos Bombeiros, tenente avalia rotina do serviço e aponta dificuldades

Wôlmer Ezequiel

Para o tenente Neymar, a profissão de bombeiro é reconhecida pela sociedade

Nesta segunda-feira (2) foi celebrado o Dia do Bombeiro Brasileiro. Uma das profissões que mais exige coragem, sacrifício e equilíbrio emocional. Por isso que são considerados por muitos como heróis, que estão sempre prontos para salvar a vida das pessoas. Não é à toa que o Corpo de Bombeiros ocupa a liderança desde 2009 do Índice de Confiança Social (ICS). O órgão de segurança alcançou um índice de confiança de 86%, três pontos acima em relação ao ano anterior.

Em entrevista ao Diário do Aço, o tenente Neymar Gomes de Almeida, do 11º Batalhão do Corpo de Bombeiros, em Ipatinga, contou sobre a rotina e as principais dificuldades encontradas na profissão. De acordo com ele, as ocorrências variam conforme o período do ano. Por exemplo, quando o clima está seco, o maior número de ocorrências é relacionado às queimadas. “Quando estamos nessa época, temos que apagar fogo quase todo dia nos matagais. Fora desse período, os principais casos que atendemos ao longo do ano são os atendimentos pré-hospitalar, chamados de primeiros socorros. Isso envolve todo tipo de atendimento, como acidentes de trânsito ou casos clínicos, em que a pessoa passa mal”, aponta.

Gosto

O tenente Neymar também ressaltou que quando escolheu ser bombeiro, não foi por paixão, mas sim porque precisava de um emprego. No entanto, após 15 anos de profissão, ele afirma que não se enxerga em outro emprego. “Nunca sonhei em ser bombeiro, vi o concurso público e resolvi tentar. Depois que eu entrei, acabei gostando bastante da profissão, tanto que hoje eu não me vejo fazendo outra coisa”, destaca.

Em relação aos atendimentos que o tenente considera mais difíceis, ele aponta que são aqueles que demandam uma maior atenção e mais cuidado. “Acidentes com várias vítimas ou vazamento de produtos perigosos são os que mais me preocupa, porque é necessário dar uma resposta muita rápida e agir com muita cautela. Então para mim, esses tipos de casos são os mais difíceis de trabalhar”, salienta.

Conforme o tenente, trabalhar como bombeiro é necessário fazer sacrifícios pessoais, como abdicar de momentos especiais com a família e amigos. “Já perdi muitas datas comemorativas, como Natal, Ano Novo e outras, por estar trabalhando. Ou às vezes acontece de combinar um compromisso para o fim de semana, mas no dia o serviço acaba agarrando e tem que desmarcar de última hora”, conta.

Por outro lado, Neymar afirma que é um trabalho reconhecido pela sociedade e sente orgulho por ser bombeiro. “É algo muito gratificante, principalmente, quando a gente consegue fazer a diferença, como salvar a vida de uma pessoa, por exemplo. Isso não tem preço. É algo muito especial”, revela.

Concurso disponibiliza 465 vagas

Quem sonha com uma carreira no Corpo de Bombeiros de Minas Gerais tenha mais uma oportunidade. A solução que trata da convocação de um novo concurso já foi publicada e traz a relação das vagas para a formação de soldados combatentes de Bombeiro Militar e para o curso de formação de soldados especialistas. São 465 vagas, das quais, 418 para homens e 47 para mulheres, para o curso de formação de soldados combatentes. A previsão de início é para janeiro/2020.

Para o curso de formação de soldados especialistas, são 35 vagas, das quais, 10 para área de Motomecanização, 20 para Saúde e 5 para Comunicações. A previsão de início é para janeiro/2020. A data do concurso ainda não foi divulgada.

Repórter: Tiago Araújo


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