Produtos têm preço elevado em vendas pela internet

Bruna LageConsumidores podem comparar valores de produtos em sites disponíveis na internetComprar um produto no conforto do lar e sem encarar aglomerações pode ser um atrativo. E desde o mês de março, quando medidas de distanciamento social foram adotadas, clientes de diversos segmentos se viram impossibilitados de ir às lojas, fechadas em razão de decretos que visavam à redução de pessoas nas ruas, para frear a contaminação pelo novo coronavírus (covid-19). Diante desse cenário, as compras on-line se tornaram a alternativa de muitos. Como ponto negativo, em uma pesquisa realizada por meio de um portal que compara a evolução dos valores, o Diário do Aço constatou aumento na média de preço de produtos comercializados em grandes sites de venda Brasil afora.No dia 12 de março, uma fritadeira elétrica sem óleo de 3,5 litros, por exemplo, custava R$ 227,90. Nessa quarta-feira, dia 6 de maio, seu preço era de R$ 260,31. Outro exemplo, mas do dia 8 de março, é o do aspirador de pó portátil de uma marca popular, que era vendido a R$ 99,90. Ontem, seu preço estava a R$ 139,00, quando pesquisado em um site que compara os preços em portais de eletrodomésticos, móveis e etc. Outro item que chama a atenção, principalmente com a proximidade do Dia das Mães, é a Smart TV LED 32”. No dia 30 de março era anunciada a R$ 799 e no dia 6 de maio, por R$ 999. Já um aparelho celular comercializado a R$ 709,47 no dia 30 de março custava R$ 873,90 nesta quarta-feira. São alguns exemplos que mostram como a intensa procura causou uma mudança nos valores. Dados Informações da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com o Movimento Compre & Confie, aponta variações no faturamento do e-commerce brasileiro causadas pela crise do novo coronavírus. O estudo compara vendas realizadas em fevereiro e março de 2020 com as do mesmo bimestre de 2019 e mostra aumento significativo no consumo dentro do varejo digital.Em números, a análise mostra que houve aumento significativo no consumo das categorias de Supermercados (80%), Saúde (111%) e Beleza e Perfumaria (83%). Por outro lado, segmentos como Câmeras, Filmadoras e Drones (-62%), Games (-37%), Eletrônicos (-29%) e Automotivo (-20%) apresentaram forte queda no período.“Houve uma mudança significativa no comportamento do consumidor com a chegada da covid-19. Setores que geralmente apresentam bons resultados tiveram queda significativa, enquanto outros, de menor porte no e-commerce, ganharam o protagonismo. A tendência é que o cenário continue dessa forma, com consumidores cada vez mais engajados nas compras à distância e movimentando de forma significativa o consumo de categorias relacionadas às necessidades básicas do dia a dia e ao esforço de prevenção da covid-19”, destaca André Dias, diretor executivo do Compre & Confie.

Postado originalmente por: Diário do Aço

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