Repórter fotográfico fez a transição do filme ao multimídia

Tiago Araújo

Wôlmer Ezequiel faz parte do jornal DA há 30 anos

Foi por meio da indicação de um amigo, que o repórter fotográfico do Diário do Aço, Wôlmer Luiz Ezequiel, lembra que começou a trabalhar no jornal em junho de 1988. Na época, foi contratado como entregador de jornais e depois foi promovido para o cargo de chefe de expedição. Seu pai e irmão também chegaram a fazer parte da empresa na década de 1980, mas não ficaram por muito tempo, diferentemente de Wôlmer Ezequiel, que completa 30 anos no DA.

Wôlmer relata que após sete anos na expedição ele foi chamado para trabalhar na área de revelação de filmes fotográficos. “Foi aí que eu tive as minhas primeiras experiências com as câmeras. Eu aprendi a revelar e como que fazia as fotos, então pude conhecer como funcionava todo o processo para produzir imagens”, explicou.

Segundo Wôlmer Ezequiel, durante esse tempo que trabalhava com revelação, às vezes, ele também era convocado para fazer fotografias para as matérias jornalísticas. “Em poucos meses, já comecei a sair para rua, acompanhando os jornalistas em coberturas cotidianas. Entretanto, em junho de 1996, fui fichado como repórter fotográfico do Diário do Aço”, contou.

Transição
Wôlmer Ezequiel conta que a partir de 2004, o jornal começou a trabalhar com câmeras digitais, já que antes eram câmeras analógicas, que utilizam filmes fotográficos. “A diferença era enorme em relação ao que nós estávamos acostumados a trabalhar. Foi uma mudança foi muito positiva para o jornal, porque agilizou o serviço e também facilitou o trabalho dos fotógrafos, que podiam tirar mais fotos e analisá-las mais facilmente, antes mesmo de chegar à redação”, ressaltou.

Multimídia
Com o desenvolvimento das câmeras, Wôlmer Ezequiel também conseguiu desempenhar outras funções e adaptar-se a novas demandas que a tecnologia impôs à comunicação. Agora, além de registar fatos com as fotografias, também registra vídeos, os edita e os publica para serem suporte das notícias da versão digital do DA. O repórter fotográfico afirma que essa adaptação para o multimídia é fundamental para que o profissional consiga se manter no mercado de trabalho. “Tenho alguns amigos que demoraram para se adaptar a essa nova realidade ou tiveram dificuldade em aceitar o novo modelo de serviço. Tinha alguns que até falavam que não gostavam de mexer com computador, mas hoje em dia tem que saber lidar com essas tecnologias de qualquer jeito, ou está fora. Então é gratificante as oportunidades e experiências que eu tive no jornal. Sou muito grato pelo crescimento que tive na empresa”, finalizou.

O valor da credibilidade
Mariza Lemos*

Arquivo pessoal

Mariza Lemos: “A cada página impressa um aprendizado”

Eu tinha acabado de completar 22 anos de idade e encarei a melhor chance de trabalho que uma jornalista recém-formada poderia receber no Vale do Aço no início de 2008. Trabalhar no melhor veículo de comunicação impresso da região era realmente o sonho que cultivei durante os meus quatro anos de graduação em Comunicação Social e Jornalismo, e eu queria demonstrar ser capaz.

Agarrei aquela oportunidade com toda a determinação e empenho que eu tinha naquela época. O resultado rendeu ótimas histórias, contadas diariamente nas páginas da editoria de Cultura do jornal. Foram mais de três anos, mais de mil dias e incontáveis entrevistas, relatos, desabafos, textos, fotografias e muita responsabilidade. A cada página impressa, um aprendizado.

Também contribuí com outras editorias, o que derivou na cobertura jornalística que mais marcou minha trajetória no jornal. Relatar as eleições municipais de 2008 foi um desafio cumprido com todo o direcionamento e cuidado necessário. Por falar em desafio, no dia 1° de janeiro de 2010, quando o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor, participei da implementação no jornal. O então revisor, Rilson Bicalho, sabe melhor do que ninguém como foi difícil.

Eu poderia pontuar outras inúmeras experiências, mas seria injusta com todos os personagens que me presentearam com suas histórias para serem relatadas nas páginas do Diário do Aço e conhecidas por nossos leitores. Leitores tão importantes para o sucesso destes 40 anos de trajetória.

Como eu disse no ano de aniversário de 30 anos do jornal, data de início de minha carreira como jornalista e compartilhamento com colegas de trabalho tão experientes, continua sendo um orgulho fazer parte desta família e ter em meu currículo uma bagagem tão gratificante.

A comunicação transformou, mas a apuração dos fatos e a credibilidade é o fator mais importante. Este ensinamento é para sempre. Obrigada aos mestres João Senna dos Reis, Nivaldo Resende, Alex Ferreira, Waldecy de Castro e Valter de Oliveira e a todos os colegas que participaram dessa narrativa de minha vida profissional. Em especial, aos leitores que são nossos impulsionadores.
(*Jornalista)

Um aprendizado para a toda a vida
Thaís Dutra*

Arquivo pessoal

Thaís aponta a transformação advinda da proximidade com a realidade das ruas

O jornalismo é uma grande escola. Ao nos colocar em contato permanente com uma gama de fatos que compõem a vida, ele amplia nossa visão de mundo e nos desafia, diariamente, a dar nossa contribuição à transformação social. Quando um jornalista tem a oportunidade de trabalhar em uma empresa que compartilha dessa percepção, é um privilégio imenso. Eu me alegro de ter tido essa sorte. Integrei a equipe do Diário do Aço de 2009 a 2010. Poucos anos antes, havia feito um estágio de férias no jornal, oportunidade que busquei com grande entusiasmo, mesmo estudando em Juiz de Fora, por conhecer a credibilidade do jornalismo por ele praticado.

Fazer parte dessa equipe tão competente e zelosa com seus compromissos sociais, por muito tempo comandada pelo amigo João Senna, foi muito importante para a minha formação profissional e para os novos caminhos que trilhei após sair do DA, inclusive na área do Direito. Costumo dizer que seria maravilhoso se todos os profissionais do Direito tivessem a chance de estagiar no jornalismo antes de iniciar qualquer carreira jurídica, dada a capacidade que o tête-à-tête diário com a realidade apresenta de estender nossa percepção sobre os fatos, sobre as pessoas e sobre a vida.

Em uma sociedade adoecida pelo extremismo, pela apatia em relação aos problemas sociais e pela indiferença quanto às dificuldades enfrentadas pelo próximo, é um alento encontrar empresas jornalísticas empenhadas no cumprimento de sua missão e de seus valores. A satisfação se torna ainda maior quando os laços profissionais se ampliam para a esfera da amizade. Orgulho-me de, mesmo após oito anos da minha saída do Diário do Aço, seguir compartilhando com grandes amigos que fiz no jornal impressões sobre a realidade multifacetada desse mundão, reflexionando sobre possíveis caminhos a serem tomados pelo país e traçando rotas para edificarmos o mundo que desejamos.

Certamente, o serviço prestado pelo DA e por seus profissionais nessas quatro décadas de existência terá sempre lugar de destaque na história da região. Por ser um importante agente na construção do Vale do Aço, pela contribuição dada ao desenvolvimento regional, nos mais diversos âmbitos, e pelos imensos aprendizados que me proporcionou na atuação como jornalista, minha gratidão ao Diário do Aço e a todos que integram e integraram essa grande escola.

*Jornalista graduada pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Mestranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Minas Gerais. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Ipatinga.

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