Retorno às escolas ainda indefinido em Ipatinga e Timóteo

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, voltou a falar essa semana a respeito das atividades em sala de aula nesta semana. No dia 20, disse que seria difícil prever quando ocorreria. Já na quinta-feira (21), declarou ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, que há projeção, de acordo com a situação do estado, de que no segundo semestre as aulas poderão retornar. No Vale do Aço, Ipatinga e Timóteo ainda avaliam o cenário, enquanto em Coronel Fabriciano a decisão do prefeito Marcos Vinicius foi pela retomada das aulas na segunda-feira (25), para estudantes do 6º ao 9º ano. A volta às aulas para as séries iniciais até o 5º ano foi adiada. Zema afirma que a preocupação reside no fato de as crianças serem pouco atingidas pelo coronavírus, mas o “levam” para dentro de casa e poderiam contaminar os pais e avós, não sendo adequado o retorno às escolas nesse momento, chegando a dizer que talvez o calendário não fosse retomado em 2020. “A previsão é que isso não seja feito tão cedo. Vamos ter de acompanhar, qualquer previsão agora seria prematura”.RegiãoEm Timóteo, a secretária municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Timóteo, Márcia Lessa, salientou que a fala do governador é coerente. “Nós estamos replanejando as ações constantemente porque precisamos estar preparados caso haja um retorno, mas tudo depende do desenrolar da pandemia, que é muito imprevisível. A retomada das aulas em 1º de junho está sendo reavaliada permanentemente pela equipe pedagógica da Secretaria, e depende do desenrolar da pandemia por covid-19 e de articulação com as ações e medidas adotadas pelo comitê de enfrentamento ao coronavírus de Timóteo. No dia 18 teve início a distribuição dos blocos de atividades escolares para os alunos da rede municipal de ensino por meio digital. Para quem não tem acesso à internet, os pais ou responsáveis pelos alunos retiraram os blocos nas unidades de ensino. As dúvidas podem ser tiradas por telefone ou WhatsApp”, salientou.IpatingaO prefeito Nardyello Rocha frisou, por meio de sua assessoria de Comunicação, que o município tem cuidado do combate ao coronavírus com muita responsabilidade, acompanhando números dos positivos, de suspeitos e também balizando com o número de leitos para covid-19, ocupados e desocupados. “E na educação não vai ser diferente. Esse setor me traz um tripé de preocupação, em relação aos nossos profissionais, aos alunos e às famílias que ficam em casa. Porque quando você fala em rede pública, tenho uma série de alunos que residem em casa de quatro, cinco cômodos e que ali moram oito pessoas e três ou quatro delas têm acima de 60 anos. Então, se pego um jovem, levo para a escola, ele retorna contaminado ou isso acontece durante o trajeto, ele pode nem ficar sintomático, porque está cheio de saúde, mas vai disseminar para a pessoa da terceira idade que está dentro de sua casa, não existe isolamento vertical”, alerta.Diante desse quadro, o prefeito não vê, no momento, uma data para retorno às aulas. Nardyello reiterou que será discutido e que o próprio Ministério da Educação adiou até 16 de junho. “Mas nós em momento algum estamos pensando em data definitiva para voltar. O que estamos pensando agora, e por isso reunimos a secretaria de Educação, juntamente com os diretores e professores, é que vamos retornar às atividades em casa, remota e por material impresso. Vamos ocupar o horário dos meninos e garantir o ano letivo, sem colocar em risco esses profissionais, alunos e esses familiares. Essa é a decisão que Ipatinga toma e enquanto eu estiver aqui, as escolas só vão retornar quando tivermos convicção que vamos fazer da forma mais segura possível e não acredito que seja neste momento, quando os números de positivos têm crescido no estado de Minas Gerais e em todo o Brasil”, concluiu. Veja mais:Fabriciano retoma aulas presenciais

Postado originalmente por: Diário do Aço

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