Trabalhadores em Educação aprovam PEC, mas decidem manter paralisação

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Na última assembleia, a categoria avaliou que ainda não há motivos suficientes para suspender a movimento grevista

Nesta sexta-feira (13), a greve dos profissionais da rede estadual de ensino completa 37 dias e ainda não tem previsão de término. Ficou decidido na última assembleia, realizada no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, que os trabalhadores em Educação irão permanecer em greve até que tenham um avanço nas negociações. A decisão foi tomada na última terça-feira (10). Já a próxima assembleia será realizada na quarta-feira (18), às 14h, no mesmo local.

Segundo o coordenador do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), subsede de Ipatinga, Jodson Sander, o último avanço foi a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pela Assembleia Legislativa e que tem como objetivo inserir o Piso Salarial na Constituição do Estado.

O sindicato informa que foram ouvidos 57 comandos locais de greve durante o Conselho Geral. “Ao longo de toda a semana, os comandos de greve se reuniram com a categoria em suas bases e avaliaram a proposta da PEC em todo o estado. Com isso, a proposta foi aprovada por 43 comandos de greve”, explica.

Em relação à decisão da continuidade da paralisação, o sindicato acrescenta que a assembleia estadual dos trabalhadores avaliou que a categoria ainda não tem motivos suficientes para suspender a greve. “Isso é um forte recado ao governo do estado, para que cumpra os acordos assinados”, afirma.

Na assembleia estadual, os trabalhadores em Educação reforçaram que o governo precisa apresentar respostas sobre outras reivindicações que motivaram a greve como o pagamento do piso; o fim do parcelamento dos salários; parcelamento do 13º salário; retroativos do Piso Salarial que o governo ainda deve à categoria; entre outros.

SEE

Procurada pelo Diário do Aço, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, por meio de uma nota, que acompanha diariamente o andamento da adesão ao movimento iniciado dia 8 de março. “Quanto às negociações com os trabalhadores, a SEE reitera que o governo se empenhou na busca de uma conciliação com o Sind-UTE que atendesse as partes envolvidas e garantisse a regularidade do ano letivo dos estudantes da rede”, afirma.
A nota também ressalta que a partir da mediação do Ministério Público e da Assembleia Legislativa foi elaborado um termo de conciliação que previa o envio de projeto de lei para concessão dos reajustes do Piso de 2017 e 2018 tão logo o Governo retornasse ao limite prudencial previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

CSE

Já a greve dos agentes do Centro Socioeducativo (CSE) de Ipatinga, que teve início no dia 3 de abril foi suspensa na segunda-feira (9). O movimento ocorreu devido às condições de trabalho, reajuste salarial, pagamentos atrasados e entre outros motivos. “Vamos aguardar até sábado (14), porque esse é o dia que o governo vai começar a pagar o prometido. Caso contrário, a greve pode voltar”, afirma o agente José Augusto.


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