Venda de jornais segue como preferência de público diversificado no Vale do Aço

Wôlmer Ezequiel
Jornaleiros contam que o DA costuma esgotar logo pela manhã

Ir à banca de jornal para estar informado das últimas notícias é um hábito praticado ainda hoje por muitos leitores. As tradicionais bancas estão espalhadas em cada bairro das cidades da região. Mesmo com o crescimento do consumo de notícia via internet, a venda do jornal impresso é algo que resiste ao longo dos anos, como aponta os jornaleiros entrevistados pelo Diário do Aço.

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Os irmãos Rodrigues, Marlon e Marco Túlio, trabalham em conjunto na Banca Nobre

Os irmãos Marco Túlio Rodrigues e Marlon Rodrigues administram a Banca Nobre, localizada no bairro Cidade Nobre, há quatro anos. Eles avaliam que o jornal impresso ainda tem um público diversificado. “As pessoas que compram os jornais querem saber, principalmente, as notícias daqui do Vale do Aço e também estão interessadas nos classificados. Geralmente, os clientes são moradores mais idosos do bairro, pessoas que estão esperando o atendimento na Copasa ou ainda que estão de bobeira na praça. O dia mais procurado é terça-feira, que traz todas as notícias do fim de semana. O pessoal também compra mais quando a manchete do jornal é relativa à política ou esporte. Lembro também que o acidente de Mariana deu muita repercussão e vendeu muito jornal”, detalha Marco Túlio.

Horto

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Joelma conta com a colaboração da filha Stefane para cuidar da banca

Há cinco anos Joelma Silva Zioto Monteiro está no comando da Banca de Revistas Horto, localizada na rua Carvalho. A proprietária ressalta que as notícias trágicas que ocorrem nas redondezas atraem os leitores par a banca. “Quando foi noticiada a morte de um homem na avenida Castelo Branco vendeu muito jornal. Os clientes gostam muito de saber as notícias do bairro e desta região da cidade. Além dos moradores antigos do Horto que sempre compram, os profissionais que trabalham aqui também costumam passar na banca e pedir o Diário do Aço. Eu não acredito que o jornal impresso irá acabar, porque sempre haverá as pessoas que gostam de ler no papel. Além do que é sempre importante ter um jornal que seja da região”, avalia Joelma.

Centro

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Conhecido como Paraíba, José Alves trabalha desde 1989 como jornaleiro

Vindo do estado da Paraíba, José Alves Silva, trabalha como jornaleiro desde 1989. Ele administra a Banca dos Correios, localizada no Centro de Ipatinga, e afirma que o mercado mudou muito, mas reconhece a importância história do impresso. “Com o surgimento e ascensão da internet, as vendas do jornal impresso diminuíram muito. Atualmente só os mais idosos ainda continuam com o hábito. Creio que com o tempo o jornal impresso vai acabar, mas é uma questão natural de mudança da humanidade. Contudo, o jornal impresso, em especial o Diário do Aço, foi e ainda é muito importante para o Vale do Aço. Ele abre o espaço para os municípios daqui que não tem nos jornais de circulação estadual”, pontua José Alves.

Iguaçu

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Geraldo acredita que o Diário do Aço integra as notícias nacionais com o meio local

Geraldo Pereira Mendes trabalha na Banca Cultural, no bairro Iguaçu, há uma ano e meio. O jornaleiro observa que a repercussão das notícias nacionais no jornal também é um atrativo para o leitor. “Em relação às notícias nacionais, o Diário do Aço seleciona o que tem de mais importante. O tipo de notícia que tem atraído muitos leitores são as novidades da eleição para presidente. As pessoas querem comprar o jornal quando saem as pesquisas, foi assim também nas eleições municipais desse ano. Os clientes gostam que o Diário do Aço fala de coisas nacionais, mas que estão ligadas com a região”, destaca Geraldo.

Timóteo

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Jeane aponta a importância do jornal impresso como recurso didático

Jeane Aparecida Vasconcelos é dona da Banca da Praça, em Timóteo. A proprietária da banca afirma que instituições de ensino utilizam o jornal como material para trabalhos escolares. “A maioria dos clientes são aqueles de todos os dias. Existem algumas pessoas que não dispensam o impresso ou porque não possuem fácil acesso à internet ou porque preferem manusear e ler no papel mesmo. Mas, ainda hoje as escolas auxiliam nas vendas dos jornais, sobretudo o Diário do Aço por ser um jornal daqui da região, por usarem como ferramenta didática para os estudantes. Na minha banca o que mais vende são notícias de crime e política, ainda mais nos últimos anos com a instabilidade política de Timóteo”, relata Jeane.

Coronel Fabriciano

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Maria Perpétua conta do vai e vem de pessoas na agitada Banca da Rodoviária

Desde o ano 2000, Maria Perpétua trabalha na movimentada Banca da Rodoviária, em Coronel Fabriciano. Maria conta que a circulação de pessoas no local é intensa e a procura por notícias da região é grande. “Aqui nesta banca vem muitos comerciantes, demais pessoas que trabalham nos estabelecimentos próximos à rodoviária, além dos viajantes é claro. Uns chegando, outros partindo, daí passam na banca e levam o Diário do Aço. Quando acontece algum crime mais chocante então não sobra um jornal na prateleira. Sabemos que não é todo mundo que lê jornal impresso, mas, tirando experiência por esta banca, o Diário do Aço e outros jornais também são muito bem vendidos ainda”, conta Maria Perpétua.

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