Vereadores pedem devolução do repasse da Câmara para contribuir no combate à pandemia

DivulgaçãoComissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas analisa impacto financeiro da pandemia em IpatingaA votação do Projeto 020/2020 que previa a suspensão dos pagamentos de taxas e encargos dos comerciantes à Prefeitura de Ipatinga, por conta da paralisação devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), gerou polêmica na votação do dia 30 de março na Câmara. Tudo isso porque a Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas pediu diligência ao projeto, pois não tinha sido apresentado o impacto financeiro no município por conta das suspensões desses pagamentos, além de alegarem que o projeto é inconstitucional. O presidente da Comissão, vereador Adiel Oliveira, informou que mesmo sofrendo na pele, como comerciante, não poderia aprovar um projeto importante sem um estudo mais amplo. “Estamos em um momento em que todos precisam dar sua parcela de contribuição. Tanto o Executivo, Legislativo e a sociedade como um todo. Como que aprovamos um projeto assim, sem saber se não faltará nos próximos meses, remédios, oxigênio nos hospitais, salário para médicos e enfermeiros em um momento como esse? Nossa sugestão, de antemão, é que o sacrifício deve começar pelo Legislativo, pois não temos despesas diretas com a população como o Executivo. Então vamos pedir para o presidente, autor do projeto, para que parte do duodécimo (repasse mensal) que vem para a Câmara seja devolvido para a prefeitura, para suportar esse baque que teremos na economia”, disse Adiel.Para o vereador líder de Governo, Sebastião Guedes, é muito fácil fazer graça buscando criar fatos eleitoreiros sem a devida responsabilidade. “Todo mundo tá sendo impactado: prefeitura, comércio, autônomos. E não são soluções criadas da noite para o dia, para agradar uma parcela da população, que diga-se passagem, é a mola propulsora da economia, que temos que aprovar um projeto sem saber o impacto nos cofres públicos. Quando falta o caminhão de lixo, o médico, o remédio todo mundo reclama, mas esquece que é nessa hora que estamos decidindo isso. Então acho muito pertinente que possamos transformar o recurso que a Prefeitura manda para a Câmara, em um alento para os comerciantes”, disse Guedes.Já o vereador Fabinho falou sobre a importância da flexibilização do comércio. “O próprio prefeito já está movimentando para darmos condições para que o comércio volte a trabalhar. Ele ouviu os pedidos da base em prol do comércio e hoje mesmo ele já manifestou positivamente sobre isso, pautado por números estatísticos sobre a Covid-19, pela data da proximidade da chegada dos testes rápidos para a detecção da doença e o achatamento real da curva de contágio, proporcionado pelo isolamento em curso. É com ações concretas que iremos resolver o problema dos comerciantes, e não com projetos montados da noite para o dia sem saber o impacto disso nos próximos meses nas contas da prefeitura”, disse.

Postado originalmente por: Diário do Aço

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