Votação do orçamento 2019 gera expectativa em Coronel Fabriciano

Wôlmer Ezequiel/Arquivo DA

Vereadores de Coronel Fabriciano querem reduzir a 2% montante do orçamento com livre movimentação pelo prefeito Marcos Vinícius

A Câmara de Timóteo aprovou, na semana que passou o orçamento do município para 2019. Sem celeumas, a peça orçamentária que prevê suplementação de 30% no ano foi aprovada. A suplementação é o limite que o executivo pode movimentar dentro do orçamento sem prévia aprovação dos vereadores. Em Coronel Fabriciano, que também teve suplementação de 30% no orçamento de 2018, um embate político controverso ganhou o cenário político desde que a Lei Orçamentária Anual (LOA) chegou ao legislativo.

Vereadores que antes “jogavam com o Executivo”, se rebelaram e apresentaram várias emendas, dentre elas uma que reduz a suplementação de 30% para apenas 2%. “Neste ano, a suplementação salvou o hospital de fechamento e permitiu o pagamento dos salários da educação e da saúde em virtude dos atrasos nos repasses de recursos do governo estadual”, afirma o prefeito, Marcos Vinicius. Caso a emenda seja aprovada, o governo dependeria da prévia aprovação dos vereadores para fazer qualquer mudança orçamentária, das mais simples, às mais complexas.

Em Ipatinga, a votação do orçamento está para ser marcada pela mesa diretora. Segundo fontes da prefeitura, o prefeito Nardyello Rocha solicita a mesma margem de suplementação, 30% e não deve ter dificuldade na aprovação segundo os bastidores.

Em Santana do Paraíso, a suplementação esperada é de 20%, mesmo percentual de 2018. Na câmara as conversas caminham para aprovação.

Temores

Já, em Coronel Fabriciano, o momento é de apreensão. A decisão de reduzir a suplementação em 98% perturba o governo do prefeito Marcos Vinicius (PSDB). Os vereadores Leandro Xingó(PSD), Luciano Lugão(Prós) e Adriano Martins(PPS) abandonaram a base do prefeito. O governo atribui a divergência a resultados insatisfatórios na eleição desse ano.

Sem entendimentos entre vereadores e prefeito, as votações dos assuntos que interessam ao governo no Legislativo enfrentam dificuldades, a começar pelo orçamento. “Caso as emendas sejam mantidas na câmara e o estado não consiga regularizar os repasses ao município, a administração municipal pode enfrentar sérios problemas já que não terá como suplementar os setores onde os recursos venham faltar”, admite o governo.

Conforme a prefeitura, Coronel Fabriciano ainda goza de prestígio administrativo, sendo uma das poucas cidades do estado que ainda não decretou estado de calamidade financeira e que mantém em dia seus pagamentos. O 13º. Já teve uma parte quitada e a próxima parcela está agendada para 14 de dezembro. Os salários dos servidores estão em dia, bem como o pagamento de fornecedores.

O secretário de Governança Financeira e Orçamento, Wander Ulhôa explica que o município se preparou para a crise, organizando as contas desde o começo do ano, mas que o ano que vem as coisas podem piorar. “Os vereadores estão nos tirando a possibilidade de governar. Sem possibilidade de suplementação, ficamos com pés e mãos amarrados e o povo é que sofrer consequências na saúde, educação e outras áreas”, disse


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