Campanha alerta para diagnóstico precoce da hanseníase

Nesta quarta-feira, 24, o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF/Ebserh) promove ações de divulgação e prevenção sobre a hanseníase. A ação acontece das 8h às 9h30, na recepção dos ambulatórios (1° e 2° andar) da unidade Dom Bosco, polo de referência no tratamento da doença. Também nesta quarta-feira, das 9h às 12h, outra equipe interprofissional do ambulatório de hanseníase do HU está na entrada do corredor do PAM Marechal. As atividades integram a campanha “Janeiro Roxo” e visam conscientizar a população sobre os cuidados que se deve ter com a doença.

O QUE É A HANSENÍASE?

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, e atinge pele e nervos. Os principais sinais e sintomas são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam, mas tem formigamento e dormência, com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque.

“Qualquer pessoa que teve contato com alguém infectado, que não foi tratado, pode contrair a doença. Mas esse contato tem que ser mais longo, de 5 a 10 anos. Um simples abraço, beijo, aperto de mão ou relação sexual não causa a doença. É preciso haver uma longa convivência com o portador que transmite a doença”, explica a professora da Faculdade de Fisioterapia da UFJF e integrante da equipe do ambulatório de hanseníase do HU, Cláudia Helena Cerqueira Mármora.

O Brasil é o segundo país no mundo com maior incidência, só perdendo para a Índia. A enfermidade, que durante séculos foi chamada de lepra, é considerada praticamente extinta em países desenvolvidos.

O tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita. Trata-se de um tratamento poliquimioterápico (PQT), que é a associação de rifampicina, dapsona e clofazimina, com duração de seis meses a um ano, podendo ser prolongado por mais um ano. Em Juiz de Fora, ele é oferecido no PAM Marechal e no HU/UFJF.

“Assim que ele se inicia, a doença não é transmitida. Por isso, é importante o diagnóstico precoce para interromper a cadeia de transmissão. Se for diagnosticada tardiamente, [a doença] pode trazer sequelas. Alterações de sensibilidade e força, que podem ser permanentes. Durante o processo, também é realizado o tratamento de fisioterapia para combater as incapacidades que podem aparecer. Lembrando que não são todas as pessoas que podem desenvolver alguma sequela. Cada um vai ter uma reação diferente”, ressalta Liliany Fontes Loures, fisioterapeuta do ambulatório de hanseníase do HU.

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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