Delegado conclui inquérito sobre a morte de advogado jogado no Rio Paraibuna

O delegado Luciano Vidal, responsável pela apuração da morte de um advogado de 75 anos que teria sido assassinado com golpes de tijolo, pedra e machado e seu corpo jogado no Rio Paraibuna, encaminhou o relatório final de 47 páginas na última sexta-feira, 9. A informação foi divulgada pela assessoria da Polícia Civil (PC) nessa quinta-feira, 15. Os suspeitos de 20 e 21 anos foram indiciados por quatro crimes, latrocínio, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menores.

Conforme as investigações, a PC apurou que o investigado mais novo estaria devendo a um traficante do bairro Parque das Torres, zona Norte, e, por isso, teria atraído o advogado para o interior da casa informando que iria pagar R$300 de honorários advocatícios para a vítima. No entanto, o encontro não seria para efetuar o pagamento à vítima, mas para roubá-la o celular, relógio e carteira e em seguida matá-la.

Os suspeitos vão responder pelo crime de fraude processual, pois, no dia seguinte, retornaram ao local para eliminar provas do crime. Em relação a corrupção de menores, conforme o delegado, este último crime está relacionado à participação de um adolescente de 17 anos na cena do crime. Após averiguação, foi possível apurar que o adolescente também estava na residência onde o advogado foi morto e ajudou a iluminar com celular o local. Ele responderá por ato infracional análogo aos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.

A pena máxima dos suspeitos presos pode chegar a 39 anos de prisão. Segundo Vidal, a prisão temporária venceu nessa quinta, mas já foi solicitada a conversão em prisão preventiva dos dois investigados. Além disso, também foram indiciados um suspeito, por receptação, e a mãe do preso de 20 anos, por roubo qualificado em concurso de pessoas. Ela teria ligado para o advogado pedindo que ele fosse buscar o valor do honorário e sabia que ele seria roubado, porém não estaria ciente de que o advogado seria morto. A pena máxima pode chegar a aproximadamente 13 anos.

Ainda de acordo com a autoridade policial, a prótese dentária, a pedra que teria sido utilizada na agressão e um chinelo do suspeito de 20 anos, que teria sido usado no dia do crime, também foram encaminhados para Belo Horizonte para exame de DNA. A prótese também foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) junto com um raio-x do dente da vítima.

O corpo do advogado ainda não foi encontrado.

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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