Especialista fala sobre métodos de engajamento em ambiente virtual

Em decorrência da epidemia do Coronavírus, muitas instituições de educação pelo país suspenderam suas aulas e desde então adotam ao sistema de ensino a distância ou em ambiente virtual. Diante disso, surge o desafio de manter engajamento entre aluno e professor, através de programas de computador, como por exemplo: Google Drive, Kahoot, Mentimeter, Coggle e Flipgrid.

Para tratar sobre o assunto, o coordenador do Laboratório de Soluções Educacionais do ISAE Brasil, Vitor Locatelli, comenta sobre os métodos necessários para que o professor mantenha engajamento com o aluno em ambiente virtual e também sobre a questão da duração das aulas:

“O momento em que vivemos coloca um desafio ainda maior para o professor, as técnicas para engajamento não mudam com a inserção da tecnologia, é muito importante que o professor garanta uma comunicação clara e acessível com a turma. Se o aluno tiver dúvida ou dificuldade de entendimento, pedir ajuda ao professor de forma remota precisa ser tão fácil como em sala de aula. Outra habilidade que tem sido exigida ainda mais neste momento, é a criatividade do professor, é muito importante perceber que mesmo com a tecnologia auxiliando e facilitando a aula remota, ficar quatro horas ou mais em casa atrás do computador estudando é bem mais cansativo do que em sala de aula, por isso abuse dos desafios, de dinâmicas, aproveite outras mídias como filmes, documentários, vídeos e podcast como material complementar para a aula”.

Para criar tal engajamento aluno x professor, existem diversos programas computacionais. Sendo que a maioria permite reunião com determinado número de pessoas, através da câmera do computador e que permitam upload de arquivos das aulas, como vídeos, documentos contendo atividades e todos eles ficam armazenados dentro dos programas.

Sobre a questão das ferramentas, Vitor cita outros exemplos que podem ser utilizados tanto pelo aluno quanto pelo professor. Segundo ele, o ideal é que o professor utilize programa com o qual já tem domínio e mais facilidade para manusear:

“É possível encontrar uma infinidade de ferramentas para engajar com a turma, o ideal sempre é optar pela ferramenta que o professor tenha mais segurança em usar, e principalmente a ferramenta que cumpra um papel importante no processo de aprendizagem do aluno”, relata e cita outros exemplos de ferramentas “Mas deixo aqui mais duas dicas:

Miro: Imagine que você tem um grande, e quase infinito, quadro branco que pode ser usado para colar imagens, vídeos, post-it, tabelas, texto e desenhos à mão livre. É exatamente isso que o professor vai encontrar na plataforma Miro, esta ferramenta foi desenvolvida inicialmente para atender as necessidades de equipes de desenvolvimento de software, mas seu propósito é oferecer um espaço virtual onde um grupo de pessoas pode produzir em conjunto um grande mural, vale a pena conhecer.

Vizia: uma mídia muito poderosa é o vídeo, mas quando o professor mostra um vídeo em sala de aula, ele consegue perceber quem prestou atenção e quem não. Mas como fazer o mesmo se o aluno vai assistir ao vídeo sozinho em casa? A proposta da ferramenta Vizia, é criar uma breve pausa no vídeo e lançar uma pergunta para o aluno, sobre o assunto apresentado no vídeo, ou seja, para o aluno acertar a questão, ele necessariamente vai ter que prestar atenção no que está sendo passado no vídeo”.

O coordenador conclui dizendo que este método de ensino a distância, propicia grandes aprendizados para os estudantes e reitera sobre a facilidade que a tecnologia propicia para os professores:

“Nunca foi tão fácil trazer um convidado especial para conversar e compartilhar experiências com seus alunos, lembre que não tem ninguém viajando, as agendas dos profissionais provavelmente ficaram menos cheias, e não vai ter nenhum custo para trazer esse convidado para a “sala de aula”. O mundo nunca passou por nada parecido com o que estamos passando hoje. Particularmente acredito que ajuda mais, o que funciona mais para os alunos, não tem certo ou errado e sim uma construção coletiva, onde os alunos sendo orientados pelo professor, podem encontrar a melhor forma de conduzir as aulas”.

 

 

 

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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