Juiz de Fora chega ao quinto caso confirmado de sarampo

O novo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria do Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) nessa quarta-feira, 2, confirmou mais dois casos de sarampo em Juiz de Fora. Sendo assim, a cidade chega ao quinto caso da doença neste ano.

Além disso, outros quatro casos suspeitos de incidência da doença estão em investigação na cidade.

O SARAMPO

O sarampo é uma doença viral, infecciosa, aguda, grave, transmissível, contagiosa e comum na infância. Geralmente, os primeiros sintomas são: febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo, com direção cabeça-membros), sintomas respiratórios e oculares. No quadro clínico clássico, as manifestações (além da presença de febre e exantema maculopapular) incluem tosse, rinorreia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral).

A evolução da doença pode originar complicações infecciosas com amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar à óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.

ESQUEMA VACINAL

A vacina contra o sarampo, conhecida como tríplice viral, faz parte do “Calendário Nacional de Vacinação” e está disponível durante o ano todo nas salas de vacinação do município.

São necessárias duas doses da vacina para a pessoa estar imunizada por toda a vida, ou seja, as doses administradas no passado são válidas e não há necessidade de se vacinar novamente. É imprescindível que crianças, adolescentes e adultos estejam com a caderneta vacinal ao procurar uma unidade de saúde.

Quem não tiver em mãos o cartão vacinal, e não souber se já foi imunizado, deve procurar a UBS de referência para análise do caso e vacinação, quando o profissional de saúde responsável pelo atendimento entender como necessário.

 

A vacina é contraindicada em registro de imunodeficiências congênitas ou adquiridas (clínica ou laboratorial grave), infecção pelo HIV em pessoas com taxas de CD4 (células do sistema imunológico) menor que 15%, gestantes e pessoas com alergia grave aos componentes da fórmula.

EM CRIANÇAS:

1ª dose: administrada aos 12 meses (1 ano de idade)

2ª dose: administrada aos 15 meses (1 ano e 3 meses de idade)

Em adolescentes e adultos até 29 anos: duas doses, com intervalo de 30 dias entre as doses. Pessoas entre 30 e 49 anos tomam apenas uma dose.

A vacina é contraindicada em registro de imunodeficiências congênitas ou adquiridas (clínica ou laboratorial grave), infecção pelo HIV em pessoas com taxas de CD4 (células do sistema imunológico) menor que 15%, gestantes e pessoas com alergia grave aos componentes da fórmula.

DOSE ZERO

Seguindo recomendação recente do Ministério da Saúde (MS), publicada em agosto de 2019, crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo. Em Juiz de Fora, a imunização está disponível nas 63 unidades Básicas de Saúde (UBSs), no Departamento de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (DSMCA) e na sala de vacinas do Posto de Atendimento Médico (PAM Marechal), localizada no terceiro andar do prédio. Conforme orientação do MS, esta dose da vacina não é válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança, ou seja, com um ano deverá tomar a primeira dose, e com 15 meses a segunda, para que seja considerado imunizado.

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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