Polícia alerta para as ações dos estelionatários

Premiações em dinheiro, casas, carros, tudo, de forma gratuita, sem ao menos participar de algum sorteio, é um pouco estranho, não é? E o que falar dos falsos sequestros, em que os criminosos ligam para a vítima contando que um familiar foi raptado e exigem quantias em dinheiro para liberá-lo? Essas são algumas das artimanhas utilizadas por bandidos para lesar pessoas, especialmente, àquelas que apresentam maior vulnerabilidade como os idosos. É um crime conhecido e que vem se tornando cada vez mais comum nos municípios, o chamado estelionato.

Entre janeiro e dezembro de 2017, a 4ª região da Polícia Militar (PM) registrou 1.500 ocorrências desse tipo em Juiz de Fora, uma média de 130 crimes por mês. O ano de 2018 mal começou e nos três primeiros meses 337 casos já são conhecidos pela corporação, ou seja, pouco mais de 22% do registrado no ano passado todo. A maioria das vítimas está na faixa etária de 35 a 64 anos, conforme a PM.

De acordo com o assessor de comunicação organizacional da 4ª região da PM, Major Jovanio Campos Miranda, na maioria das vezes, os criminosos conseguem as informações com as próprias vítimas. “São pessoas inteligentes, que estudam e procuram conhecer a vítima para obter o máximo de informações, fazendo com que ela acredite nos fatos no momento da abordagem. Geralmente, as informações são conquistadas em ligações telefônicas, em que é comum eles perguntarem o nome dos alvos e informações da família e do cotidiano para aplicar os golpes”, explica.

O policial também afirma que o perfil das vítimas varia de acordo com o tipo de golpe aplicado, o que poder atingir desde pessoas comuns, empresários e aposentados. Ainda segundo o major, os mais comuns são as falsas premiações e o falso sequestro. “O estelionato é um crime atípico. Organizado desde o bilhete premiado, quando são oferecidas recompensas em dinheiro, mediante a uma transferência bancária antecipada, ao falso sequestro de entes da vítima, que termina com os bandidos também exigindo algum tipo de remuneração. A população idosa é a mais incidente, uma vez que, por conta da idade, está mais vulnerável e suscetível a ser ludibriada”, diz.

Campos reforça para jamais confirmar ou dar algum dado por telefone. “Nunca forneça CPF, nome, datas de nascimento, endereços, se uma ligação for de uma suposta empresa que esteja oferecendo cartão de crédito ou informando sobre alguma compra que foi feita, procure a agência bancária mais próxima para saber se é verdadeira ou não a informação. Sempre suspeito do chamado ‘conto do vigário’, afinal, ninguém dá dinheiro de graça para ninguém. Caso seja vítima, procure imediatamente a PM pelo 190 e registre a ocorrência”, reitera.

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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