População pleiteia melhorias na passarela da “Estação”

O cenário de um grande aliado à prevenção de acidentes na linha férrea tem chamado atenção dos juiz-foranos. A situação precária da passarela que liga a Avenida Francisco Bernardino à Praça da Estação, dando acesso também à Avenida Brasil, no Centro da cidade, tem incomodado os populares que circulam naquele local. Os problemas como sujeira, a falta de iluminação e segurança são alguns dos agravantes apontados pelos pedestres.

“Já faz bastante tempo que deixei de utilizar a passarela. Além de inseguro, o local está bem degradado. Quando subimos as escadas, nos deparamos com muito lixo, vasilhas, restos de alimento, preservativos usados e até mesmo fezes humanas. O cheiro de urina também é insuportável”, diz o eletricista Wilian César Alves.

Segundo o eletricista, a situação é ainda pior no período noturno. “O risco de ser assaltado ali é muito grande. Basta escurecer e ninguém passa mais ali. Fica cheio de pessoas com más intenções”, revela. “Prefiro perder alguns minutos esperando o trem passar, do que ter que enfrentar essa situação. Acho que o local deveria ser mais bem cuidado, ainda mais por se tratar de um patrimônio histórico no coração da cidade”, complementa Alves.

 

390 MIL KG DE LIXO NAS FERROVIAS

De acordo com Marcelo Kanhan, gerente geral de Comunicação da MRS Logística, concessionária responsável pela ferrovia, é necessária uma ação conjunta com o município para mudar a realidade do local. “A MRS não pode exercer nenhum tipo de policiamento ou fiscalização. Somos meramente uma empresa, não temos legitimidade para monitorar, autuar ou multar as pessoas. Embora as passarelas tenham sido construídas pela ferrovia, elas são equipamentos urbanos, de fato. E precisamos, sem dúvida, contar com a atuação da municipalidade nas atividades de limpeza. Isso não quer dizer que não haja, de forma complementar, esforço da MRS. Juiz de Fora é o município com ciclo de limpeza e manutenção mais frequente entre as cidades em que estamos presentes”, afirma ele, acrescentando que, no ano passado, cerca de 390 toneladas de lixo e entulho foram retiradas da faixa ferroviária e em seus arredores.

Ainda, segundo Kanhan, o acumulo de lixo está associado a uma questão de cidadania. “Como em diversas outras questões ligadas à cidadania e desenvolvimento urbano, a única solução é ‘cortar o mal pela raiz’. Temos que produzir na parcela da comunidade que insiste em jogar lixo em espaços públicos o senso de como isso é danoso para pessoas, empresas e a cidade, de forma geral. A ferrovia não produz lixo. Esta é a única solução eficiente para a questão do lixo. Enquanto não for uma solução de todos e de cada um, será um problema para todos”, reforça.

ESCLARECIMENTOS PJF

Em nota, a Secretaria de Atividades Urbanas (SAU) afirmou que, conforme o Código de Posturas, é proibido toda espécie de conspurcação no município, ou seja, “qualquer ação contrária aos propósitos estabelecidos pela Lei, que suje, manche, enode ou corrompa a qualidade dos espaços públicos”, pontuou no comunicado. Em vista disso, a Secretaria tenta identificar e flagrar os responsáveis pelo descarte irregular de lixo no local para que os mesmos sejam autuados.

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) informou que as regiões compreendidas pela linha férrea, bem como as passarelas de pedestres, não fazem parte de sua área de atuação. “O departamento atua na conscientização da população, através de abordagens e placas informativas”, acrescentou.

Em relação à iluminação, a Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav) destacou que as passarelas na linha férrea são de responsabilidade da MRS. “O que podemos dizer é que o entorno da passarela tanto na Avenida Francisco Bernardino quanto na Avenida Brasil possui diversos postes, que iluminam o local”, disse.

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

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