Vereadores discutem situação da dengue na cidade

Devido ao aumento da dengue na cidade, os vereadores Sargento Mello Casal (PTB), Cido Reis (PSB) e Rodrigo Mattos (PHS) reuniram-se com profissionais da saúde de Juiz de Fora, na manhã dessa quarta-feira, 8, para tratar da situação em que o município se encontra. No primeiro momento, os vereadores argumentaram aos profissionais qual é o real cenário da cidade, se existem ações e estratégias sendo feitas, se há controle da doença, a quantidade de casos existentes e óbitos confirmados.

Diante das interrogações a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Cecília Kosmann, afirmou que 1160 casos de dengue já são confirmados no município, 149 casos de Chikungunya e 5 óbitos em investigação. Ela salientou que Juiz de Fora possui, hoje, o vírus dois da dengue, com maior incidência em idosos e crianças. Este seria um novo sorotipo que pode desenvolver sintomas de maior gravidade na população. Cecília também disse, que os procedimentos feitos nas unidades de saúde são de praxe. “Se a pessoa vai no posto, com dor no corpo, febre, dor nos olhos e sem sinal de alarme, ela vai receber a orientação para fazer a hidratação em casa. Permanecendo os sintomas, ela volta para a unidade de atendimento e, após o sexto dia, o exame é coletado. Evoluindo uma piora no quadro, ela receberá a hidrataçãonaunidade,tendoinclusiveapossibilidadede internação”.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida, pontuou que todas as redes de saúde de Juiz de Fora, sejam elas públicas ou privadas, receberam uma capacitação baseada no protocolo de Manchester, que é atualizado anualmente. Ele lembrou ainda que a vigilância tem o plantão epidemiológico e que havia apenas uma unidade de sentinela no município, passando agora para dez unidades sentinela que na sua maioria são pública, e tem incluído a Santa Casa de Misericórdia, as UBS e UPAs, sendo elas vistoriadas diariamente pela epidemiologia. As unidades sentinela identificam, investigam e notificam, quando confirmados os casos e agravos da doença. “Fazemos isso, pois caso este fluxo comece a dar gargalo e os pacientes não forem atendidos, verificamos que é o momento de abrir um centro de hidratação, onde monitoramos no plantão 24h”.

Diante das interrogações, a superintendente Regional de Saúde, Joana D´arc da Costa Zanelli, informou que possui um acompanhamento do índice de infestação que é semanalmente lançado pelo município e, a partir desse acompanhamento, eles podem ter a consciência de como está a evolução da infestação. “Nossas ações começam a partir destes dados. Mas podemos minimizar os efeitos da proliferação, quando realizamos ações preventivas de baixíssimo custo.Joana destacou também as políticas públicas a partir do plano de contingência do município. “Podemos começar com as campanhas de estratégias, como um fumacê nas ruas, mas ele não se torna tão eficiente porque ele mascara uma situação. O que precisamos é eliminar o foco e evitar que aquela situação se torne uma epidemia”, disse.

Diogo Mancini especialista da Secretaria Regional de Saúde trouxe dados mostrando que nos primeiros quatro meses deste ano, 66.850 imóveis foram vistoriados, sendo que 2.200 recusaram a visita, 44.344 estavam fechados e 3.101 numa segunda visita foram recuperados. Ele ressaltou que é de grande importância que a população deixe o agente de saúde entrar para verificar possíveis criadouros.

Os profissionais ressaltaram também, que quando há notificações nas unidades de saúde sobre casos de dengue, as equipe de epidemiologia e agentes comunitários realizam uma investigação no raio de 180 metros da casa, para prevenir possíveis casos e aplicar Ultra Baixo Volume (UBV) que são adulticidas utilizados para controlar a fase alada do mosquito.

Mello disse, que não viu informativos da Secretaria de Saúde salientando a população sobre os cuidados que precisam ter com a dengue, sendo assim, ele disponibilizou os canais da Câmara para ajudar na divulgação. “Iremos ajudar na divulgação. Temos a TV a Câmara, a rádio e iremos ajudar no que for possível, para que a informação chegue até a população”. disse.

Participaram também da reunião o Coordenador de Campo Juvenal Marques, o Coordenador da Defesa Civil Jefferson Rodrigues Júnior e a Subsecretaria de Atenção Primária à Saúde Maria Aparecida Martins.

 

Fonte: CMJF

Postado originalmente por: Diario Regional – Juiz de Fora

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar