Justiça condena homem a 23 anos de prisão por feminicídio em Juiz de Fora

Homem usava filhos em chantagem por sexo

O juiz Paulo Tristão Machado Júnior, do Tribunal do Júri de Juiz de Fora, na região da Zona da Mata, condenou o réu, Jaime Tristão Alves, a 23 anos de prisão em regime fechado, pela morte da ex-esposa, em julho de 2019. A Justiça entendeu que o réu cometeu o crime de feminicídio qualificado, ao matar e ainda esconder o corpo da vítima. No entanto, a decisão ainda cabe recurso.  

O criminoso e a ex-esposa, Claudia Paiva Rezende, se separaram em 2017 e tinham dois filhos. Apesar de não serem mais um casal, ambos viviam na mesma residência. As investigações apontaram que os dois tinham um relacionamento conturbado e que o suspeito apresentava crises de ciúmes. Também foi constatado que o réu ameaçava a vítima caso ela se relacionasse com outros homens e ainda exigia que os dois mantivessem relações sexuais. Caso a ex-mulher não aceitasse as condições, ele ameaçava não pagar mais o sustento dos filhos.  

Segundo as informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), as ameaças prosseguiram até o desaparecimento da vítima. No início das buscas, o homem chegou a ajudar, mas ao decorrer das investigações foi apontado como possível suspeito do crime. Logo, se escondeu em uma casa alugada, localizada no município vizinho.  

Após cinco meses de buscas, o corpo da vítima foi encontrado em uma mata fechada da cidade, em estado avançado de putrefação. Sendo assim, não foi possível descobrir a causa da morte da vítima. A mulher foi vista pela última vez entrando no carro do ex-marido. No carro e no casaco do acusado, foram encontrados traços de sangue da mulher.  

Na sentença, o juiz destacou que o réu tentou forjar falsos álibis. Além disso, foi caracterizado pelo magistrado como uma “personalidade fria, dissimulada, manipuladora e mentirosa”.  

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