Minas Gerais registra falta de medicamentos gratuitos para pessoas que passaram por transplantes

Minas Gerais registra falta de medicamentos gratuitos e obrigatórios para pessoas que passaram por transplantes. Além disso, os remédios são fundamentais para que os pacientes não corram risco de morrer, já que os imunossupressores são essenciais para que os novos órgãos não sejam rejeitados. A espera pelo medicamento chega a seis meses.

A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante afirmou que os principais medicamentos em falta são o Tacrolimo, Ciclosporina e Cicofenolato de Sódio.

No entanto, a compra dos medicamentos é feita pela União, que repassa aos governos estaduais. A SES-MG – Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais ressaltou que a pasta já está com os produtos. Além disso, a SES informou que a distribuição começou no dia 18 de junho, porém a regularização de todas as farmácias públicas deve levar mais uma semana.

Riscos

Um dos diretores da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), Gustavo Fernandes Ferreira explicou que a falta dos imunossupressores tem sido constante e requer compromisso efetivo dos responsáveis.

 Já o vice-presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante, Marcos Vieira, acrescentou que que o paciente corre o risco de perder de forma aguda, quando deixa de tomar a medicação, ou crônica, quando toma sem a frequência e a dosagem necessárias.

Fornecimento

 Vale ressaltar que o desabastecimento das substâncias de uso contínuo tem se arrastado desde o ano passado. Além disso, os principais motivos são as falhas em licitações, falta de recursos, atrasos na entrega e no pagamento a fornecedores.

A SES também disse o remédio Ciclosporina de 50g está com estoque reduzido devido a uma pendência financeira com a empresa que faz a entrega. Já a situação do fornecimento deve ser revolvida na próxima semana.

O Ministério da Saúde informou que as remessas foram enviadas entre abril e junho, sendo que o quantitativo atende toda a demanda aprovada, até o momento, para o estado.

A pasta ainda detalhou que foram encaminhadas 2.241.850 unidades do tacrolimo 1mg, 94.950 de tacrolimo 5mg, 194.520 unidades de micofenolato de sódio 180 mg e 839.640 unidades do micofenolato de sódio 360 mg e que a responsabilidade de programação, armazenamento e distribuição de medicamentos é das Secretarias de Saúde dos Estados.

Já sobre ao medicamento Ciclosporina, o Ministério esclareceu que o fármaco pertence ao grupo 2 do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, que é de responsabilidade das Secretarias de Saúde dos Estados a aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação.

(com supervisão de Patrícia Marques) 

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