Minas Gerais tem redução de 21,5% em homicídios e PM mata 8,7% menos

O 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgou nessa terça-feira (10), que em 2018 o Brasil registrou 57.341 homicídios, sendo 10,4% a menos que no ano de 2017. Já em Minas Gerais a redução é de 21,5% em relação ao período anterior.

Segundo os dados, Minas Gerais é o terceiro estado com menor índice de mortes violentas, com média de 15,4 por 100 mil habitantes. A média nacional é de 27,5.

No ano passado, as polícias mataram 6.220 pessoas no Brasil, sendo 19,6% a mais que em 2017. Em Minas, aconteceram 151 óbitos, ou seja, o Estado sofreu queda de 8,7% em relação a esses crimes.

O sociólogo Renato Sérgio de Lima afirmou que estes números não significam que o Brasil conseguiu mudar a situação de forma significativa, mas que a crise na segurança vista em 2016 e em 2017 foi em parte superada.

Renato ainda destaca que a melhor coisa a se fazer é explicar de forma substantiva o que deu certo, já que o grande temor é que os ganhos de 2018 sejam comprometidos na empolgação sem que saiba o que fazer para tornar a queda constante, e não só uma tendência.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais comemorou os resultados no Estado. O órgão afirmou por meio de nota que os bons índices iniciados, desde 2018 são resultados do trabalho cada vez mais integrado desenvolvido pelas forças de segurança nos últimos meses.

Além disso, a pasta ressaltou que o Estado teve os melhores primeiros sete meses em número de registros de crimes violentos desde o ano de 2012.

No entanto, em Minas Gerais a relação entre presos condenados e provisórios é pior que média no Brasil, já que o estado registrou 56% de presos condenados e 43% presos provisórios. No Brasil são 67% e 33% respectivamente.

O déficit no sistema prisional é de 28.475 vagas em Minas, que tem 1,6 presos por vaga, ou seja, proporção que indica superlotação, porém é inferior ao índice nacional, de 1,7.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais reconhece a carência, mas reforça que o problema está presente em todo o país. Além disso, o órgão informou por meio de nota, que há expectativa de abertura de vagas e de investimentos em tecnologia e reestruturação das unidades prisionais.

A expectativa, segundo a pasta é que até o primeiro semestre de 2020, sejam criadas cerca de 2.500 novas vagas. O número ainda representa 8,8% do déficit.

Vale lembrar que Minas Gerais lidera o ranking nacional em relação ao recolhimento de armas de fogo em 2018, com 20,7% dos casos, ou seja, foram 23.265 apreensões no Estado, sendo que no Brasil houve 112.306.

(com supervisão de Patrícia Marques) 

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