Na noite dessa terça-feira (10), uma mulher de 52 anos foi espancada com uma chave de roda e depois teve o corpo incendiado pelo ex-companheiro, de 42 anos, em Passos, na região Sul de Minas Gerais.
Após receber atendimento médico, a vítima conversou com os militares e disse que ela estava caminhando pela Praça de Esportes da cidade, quando percebeu a presença do ex-companheiro. O homem teria questionado o motivo do fim do namoro.
No entanto, a mulher ficou assustada e entrou em seu carro para ir embora para casa. Porém, no cruzamento de uma avenida, o suspeito atravessou o próprio automóvel na frente do dela. Mas, ela conseguiu escapar.
Apesar disso, o homem a retirou de dentro do carro e a colocou em seu veículo. Após trancar a vítima dentro do automóvel, o suspeito teria parado o carro em um loteamento atrás de um condomínio, onde ele iniciou as agressões com puxões de cabelos, socos, mordidas, golpes com uma ferramenta, além de ameaças.
Depois das agressões, o suspeito pegou um galão com álcool e jogou o líquido sobre ela, dentro e fora do carro. O homem disse a mulher que se não fosse para eles ficarem juntos, ele iria matar os dois queimados.
Em seguida, o suspeito ateou fogo no carro e trancou as portas. A vítima percebeu que o ex-namorado já estava quase desmaiando devido a fumaça e decidiu pular o banco de trás para sair do carro.
A mulher correu até chegar na entrada de um conjunto de prédios. O homem ainda tentou segui-la, mas desistiu. A vítima caiu poucos metros antes da portaria, mas continuou se arrastando até chegar na porta do prédio para pedir socorro.
Os moradores do local socorreram a mulher e acionaram o Corpo de Bombeiros para debelar as chamas do carro do suspeito. O veículo de modelo Fiat Uno ficou destruído e foi rebocado para um pátio da região.
O filho da vítima recuperou o carro da mãe e a acompanhou ao Hospital Santa Casa de Misericórdia do município, onde a mulher permaneceu em observação para realização de exames mais detalhados.
Além disso, a vítima contou aos policiais que tem medida protetiva contra o ex-namorado, já que ele não aceita o término do relacionamento.
O autor do crime foi identificado, mas ainda não foi encontrado.
(com supervisão de Patrícia Marques)