Obesidade pode se tornar uma crise de saúde pública de demissões globais

A Federação Mundial da Obesidade informou que aproximadamente dois bilhões de adultos estão com sobrepeso ou são obesos, o que evidencia de que há uma crise de saúde pública de demissões globais.

Além disso, as últimas estimativas da ONU – Organização das Nações Unidas revelou que em 2016 havia 672 milhões de adultos obesos, sendo 13% da população mundial.

A ONU ainda informou que o excesso de massa corporal representa quatro milhões de mortes ao ano, enquanto só a obesidade atinge 2,8% do PIB – Produto Interno Bruto mundial.

No entanto, o sobrepeso e a obesidade são considerados fatores de risco para várias doenças crônicas, como diabetes, o câncer e as doenças cardiovasculares. Porém, mesmo a população sabendo dos riscos, a incidência cresceu de forma acelerada nos últimos dez anos.

Tim Lobstein, diretor de Políticas da federação, afirmou que cada vez mais organizações de pacientes e familiares estão começando a falar de um problema claramente social.

O diretor ainda ressaltou que em relação às indústrias é preciso começar a fazer as mudanças que a sociedade precisa, parar de lutar contra todas as medidas de saúde pública ou resistir, continuando a promover produtos com alto teor de sal, gorduras ou açúcares.

A professora do departamento de Nutrição, Estudos da Alimentação e Saúde Pública da Universidade de Nova York, Marion Nestle, também disse que as indústrias de alimentos duvidam da ciência, apelam à responsabilidade individual, pedem autorregulação do país, financiam estudos amigáveis para eles e pressionam o público.

A docente ainda ressaltou que é preciso o fim dos subsídios e da terceirização dos custos que beneficiam grandes empresas, além de ser cobrado mais prestação de contas e liberdade de informação em favor de sistemas mais sustentáveis.

(com supervisão de Patrícia Marques)

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