Operação cumpre mandados na Zona da Mata; ação visa combater sonegação na comercialização de café

A Operação Expresso também é realizada em 39 municípios de Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Espírito Santo

Na manhã desta terça-feira (16), a Receita Federal, a Polícia Civil do Paraná e as Receitas Estaduais do Paraná e Minas Gerais deflagram a Operação Expresso, que investiga a sonegação de cerca de R$ 1 milhão em impostos de empresas que comercializam café, em Divino, Miraí e Muriaé, na região da Zona da Mata. A ação também é realizada em 39 cidades de Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Espírito Santo.

Conforme as informações da Receita Federal, estão sendo cumpridos 220 mandados judiciais, sendo 35 de prisão temporária, 124 de busca e apreensão e 61 de sequestro de bens.

Em Divino e Miraí são cumpridos mandados de busca e apreensão. Já em Muriaé é cumprido quatro mandados de busca e apreensão, um de prisão temporária e dois de sequestro de bens.

As investigações, que contam com a participação da Receita Estadual do Estado de São Paulo, dos Ministérios Públicos do Paraná e Minas Gerais, buscam colher provas para prender os envolvidos em um esquema bilionário de sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O esquema é composto por atacadistas e corretores de café de Londrina e Região, que sonegavam impostos em negociações interestaduais e na comercialização dentro do Paraná. A mercadoria era vinda de Minas Gerais e do Espírito Santo e comercializada por cooperativas e produtores rurais. Já as notas fiscais eram destinadas a empresas de fachada.

As empresas de Minas e São Paulo emitiram mais de R$ 6 bilhões em notas fiscais, entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2021, sendo R$ 2 bilhões em 2020. Além disso, os valores desviados dos cofres mineiros passam de R$ 350 milhões.

Em relação as notas fiscais falsas no Paraná, a estimativa é que tenham acumulado créditos tributários fraudulentos de cerca de R$ 100 milhões e R$ 1 bilhão em notas frias.

Ainda houve sonegação de tributos federais (IRPF), que chega a R$ 200 milhões.

Foto: divulgação Polícia Civil

 

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