Na manhã desta terça-feira (25), a Polícia Federal deflagrou a Operação Expurgo em Minas Gerais e em outros cinco estados. A ação foi montada para investigar atividades de lideranças e principais integrantes de uma organização criminosa paulista que também age em outros locais.
De acordo com a corporação, foram cumpridos 27 mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão em seis estados, sendo sete no Rio de Janeiro, nove em São Paulo, dois em Pernambuco, cinco em Minas Gerais, um no Pará e três no Mato Grosso do Sul.
A 2ª Vara Criminal da Comarca de Bangu foi quem expediu as ordens. Além disso, conforme a PF, as investigações tiveram início em dezembro de 2018 e apontaram que os líderes da organização tinham o objetivo de expandir sua atuação no Rio de Janeiro, contando com a aproximação e parceria de outras facções.
A PF também identificou que os líderes cariocas, mesmo presos, atuavam na “gestão criminosa” de dentro de presídios estaduais, de onde replicavam ordens e decisões. A corporação ainda apontou que a rede criminosa se mostrou organizada e estruturada, diante das próprias condutas estabelecidas, contando com protocolos a serem seguidos e até aplicações de sanções em caso de descumprimento das determinações.
Em nota, a Polícia Federal destacou que foi apurado também a comunicação da organização criminosa e foi constatado uma facilidade pelo uso de aplicativos, por onde era orientado a divisão de tarefas, definição de atividades, realização de debates e decisões.
Ainda segundo os investigadores, os presos vão ser autuados pelos crimes de tráfico de drogas e armas. De acordo com a corporação, o nome da operação faz referência ao movimento de desfazer a estrutura da organização criminosa, evitando a sua expansão e domínio no Rio de Janeiro.
