Programa para manter empregos terá reedição; 1,8 milhão de mineiros serão atingidos

Diante da crise sanitária, a única solução viável para que os setores mantenham os empregos é a volta do programa 

Na noite dessa quarta-feira (3), o ministro da Economia, Paulo Guedes, anuncio a provável volta do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM). A medida pode afetar mais de 1,8 milhão de trabalhadores mineiros.

Conforme os dados do Ministério da Economia, a medida, que foi adotada no ano passado e autorizava empresas a reduzirem os salários, cargas horárias e suspenderem contratos de trabalho, vai ter um grande impacto nos setores de serviços, comércio e indústria.

Os representantes desses setores veem a iniciativa como essencial para conseguir fôlego diante dos efeitos da pandemia. Além de auxiliar na retomada econômica no período pós-Covid-19.

Em 2020, cerca de 1.420.773 acordos, utilizando as normas do BEM, foram firmados entre trabalhadores e empresas dos setores de serviços e comércio. As duas áreas, que foram as mais impactadas pela pandemia, representam 72% do Produto Interno Bruno (PIB) de Belo Horizonte.

Já o setor da indústria agregou 22% dos acordos firmados sob as normas do BEM, em Minas Gerais.

De acordo com Erika Morreale, presidente do Conselho de Relações do Trabalho da entidade, o retorno do programa sinaliza que a cadeia produtiva será mantida, mesmo com os efeitos negativos na economia da crise sanitária.

 

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