Repórteres sofrem com aumento de casos de violência em 2020, no Brasil

Com a explosão de casos de violência contra jornalistas em 2020, no Brasil, a profissão de repórter torna-se cada vez mais importante

Uma profissão tão importante para a sociedade, considerada atividade essencial no país e no mundo durante a pandemia de Covid-19, vem vivenciando a pior fase desde a década de 1990.

Conforme o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, publicado pela Federação Nacional dos Jornalistas, em 2020 foram registrados 428 ataques, ou seja, um aumento de 105,77% em relação a 2019, que computou 208 ataques. Somente em Minas Gerais, foram 12 casos de violência no ano passado.

Além disso, as agressões físicas cresceram 113,33%. Ao todo, foram 32 casos no último ano. Já em 2019 foram registrados 15 casos. Dois assassinatos também foram registrados.

Fonte: Federação Nacional dos Jornalistas

O repórter Arcênio Correa, da TV Integração de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, passou por uma situação de agressão e relatou seus sentimentos diante do crime.

“A agressão para mim foi uma ato muito covarde, porque eu estava dialogando com eles, estava conversando com eles. Em momento algum, eu agredi eles com a palavra, como eles já tinham desferido sobre a minha pessoa, sobre a emissora onde eu trabalhava. Eu só pensava em ter calma, eu só pensava em ficar calmo. Aquele ato não poderia quebrar toda uma história que eu contruí. Eu sou cabeleireiro da emissora onde eu trabalho, sou jornalista dessa emissora também. Eu demorei muito tempo para me tornar jornalista e não seria esse ato que iria corromper essa ponte entre a informação e o telespectador. Então acho que eles precisavam de muito mais para tentar me calar”, destacou Arcênio.

Outro aumento significativo foi em relação as agressões verbais e ataques virtuais. No último ano, foram registrados 76 casos, ou seja, um aumento de 280%.

A Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) repudia qualquer tipo de agressão praticada contra jornalistas.

 

Confira a reportagem: 

 

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