Conexão Empresarial acontece em Tiradentes

Tiradentes foi palco para o evento Conexão Empresarial 2018, realizado pela VB Comunicação, que ocorreu no último final de semana no Centro de Convenções da Pequena Tiradentes. A agenda girou em torno de conversas, debates e palestras sobre empreendedorismo, política e futuro.

Conexão empresarial aconteceu no último final de semana na cidade de Tiradentes e trouxe reflexões sobre empreendedorismo e política - Foto: Gazeta

Conexão empresarial aconteceu no último final de semana na cidade de Tiradentes e trouxe reflexões sobre empreendedorismo e política – Foto: Gazeta

No evento estavam presentes, além de grandes empresários, alguns dos pré-candidatos à Presidência, Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT) João Amoedo (Partido Novo) e Paulo Rabello (PSC) e também Antônio Anastasia (PSDB), Romeu Zema (Novo), Rodrigo Pacheco (DEM) e Marcio Lacerda (PSB), pré-candidatos ao Governo de Minas Gerais.

Como é comum em rodas de conversa algumas divergências de opiniões e debates acalorados entre empresários, políticos e plateia deram tom ao evento. Alguns empresários aproveitaram a oportunidade para fazer críticas à maneira que o país tem sido gerido e colocaram em cheque a importância de alguns cargos públicos, bem como de alguns orçamentos que, segundo eles, não se justificam.

Abertura
Gustavo César Oliveira, da VB comunicação, fez a abertura do Conexão Empresarial apresentando a pauta que serviria de base para as discussões e debates, e em seguida, Paulo César Oliveira, também da VB comunicação, proferiu um discurso dando boas-vindas aos convidados e público presente.

Os primeiros a subir no palco foram os empresários que fizeram relatos de suas experiências profissionais e fizeram explanações de como a crise econômica brasileira têm afetado suas áreas e como estão lidando com as dificuldades geradas por ela e com a ineficiência do governo para sair da crise. Aproveitaram também para “cutucar” os pré-candidatos à presidência e ao Governo de Minas sobre mudanças que devem ser feitas para que o país possa crescer e prosperar.

O empreendedor, Salim Mattar, fundador da rede Localiza, ao discorrer sobre as incoerências e exageros dos atuais governantes, e a inversão de valores onde quem deveria servir a interesses do povo acaba sanando interesses pessoais, acabou sendo o ponto de partidas do que foi o foco dos debates entre os presentes.

Futuro
Logo após as explanações feitas pelos empresários foi a vez dos pré-candidatos à Presidência da República replicarem as queixas apresentadas por eles e apresentarem algumas de suas propostas e soluções para que o Brasil se desvencilhe da crise e volte a crescer e prosperar.

Os três candidatos tocaram num mesmo ponto que era foco de um dos incômodos apresentados pelos profissionais do meio empresarial, e se dizem a favor do corte de privilégios. Nesse ponto o Senador Álvaro Dias (Podemos) foi mais incisivo e declarou que o que se viveu aqui a tanto tempo se repete hoje no país, se referindo à época de Tiradentes “Digo isso em relação a revolta com a corrupção e a alta carga tributária que foram razões que levaram Tiradentes a combater a Coroa, e é o que estamos fazendo hoje combatendo o sistema, aqui é o local adequado para se pregar a refundação da república” e terminou citando a frase “Se todos nós quisermos podemos transformar esse país em uma grande nação” de Tiradentes, “É triste que tenhamos que repeti-la tanto tempo depois. Veja como estamos atrasados” finalizou o pré-candidato.

Ciro Gomes (PDT),se ateve ao fato de ser necessário retomar a confiança no Brasil “Precisamos de um novo plano nacional de desenvolvimento que encerre essa crônica de violência, desemprego, desesperança e tristeza que hoje atinge a maioria do povo brasileiro” relatou. O candidato também demonstrou otimismo ao dizer que é possível e viável recuperar o país e leva-lo a prosperar.
Nessa mesma linha de discursos e promessas, Paulo Rabello (PSC) insistiu todo o tempo na máxima de que é tempo de fazer, agir e realizar mudanças. O candidato diz que antes de qualquer coisa é preciso ter um plano bem pensado para que no momento de governar os passos já estejam traçados e deixou a disposição de quem quisesse ver o seu Plano de governo que dispõe de 20 metas “A coisa que o Brasil mais repudiará é a aliança do conchavo, temos que acabar com isso. A primeira corrupção que temos é a do plano, ninguém tem planos e já está negociando. Negociando em cima de que, então? De que valores e princípios? De que metas? Nós temos 20 metas que já foram apresentadas, quem quiser vir conosco que apoie as 20 metas” declarou.

O último pré-candidato a subir ao palco para debater foi João Amoedo (Partido Novo), e durante seu discurso defendeu que o brasileiro precisa sair da passividade e começar a fazer, agir. O candidato também defendeu o corte de privilégios para Executivo, Legislativo e Judiciário, porque, para ele, não é possível governar de uma maneira que a conta não fecha. Ele ressalta o fato de o Partido Novo não usar o fundo partidário e o fato de estar realizando sua campanha sem o uso de recursos públicos. Amoedo ainda afirmou que, no meio político, é difícil encontrar espaço onde os privilegiados são os que já se encontram no poder, mas afirma que o Partido Novo não quer galgar passos utilizando atalhos “Nossos planos são para longo prazo” diz.

Sobre conchavos entre partidos e políticos os candidatos preferiram se resguardar e esperar um momento mais oportuno para tratar o assunto.

Propostas para uma nova Minas Gerais
Alguns dos pré-candidatos ao Governo de Minas Gerais também marcaram presença no evento Conexão Empresarial e trouxeram suas impressões e propostas para MG. Um dos pontos tratados por todos eles foi a questão de ser necessária uma reorganização que permita o correto repasse da verba devida aos municípios.

O senador Antônio Anastasia, que é o pré-candidato do PSDB ao Governo de Minas, analisa a situação e diz “Um dos motivos de concretizar minha candidatura foi justamente o apelo que recebi de centenas de prefeitos que solicitaram que eu voltasse a ser candidato pois lembram que no meu tempo havia regularidade nos repasses. É muito triste ver os municípios nessa situação pois acabam recebendo o ônus de ter executado mal a política sem ter tido o bônus de receber os recursos necessários para lastrear as atividades”. Anastasia acrescenta ainda que concorda com a fala de Salim Mattar, no que tange reduzir as mordomias como as aposentadorias exorbitantes no Judiciário e no Ministério Público.

Romeu Zema (Novo), é novato no cenário político e salientou que, para ele, é melhor fazer do que falar, ele se sente mais “em casa” trabalhando do que articulando ressaltou ter entendido que para ver a mudança que se faz necessária é preciso se envolver com a política, por isso pleitea a cadeira de Governador.

O deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM), também entra na disputa ao Governo do Estado pela primeira vez. Para ele o desenvolvimento econômico é a base para um desenvolvimento social e humano de sucesso. Pacheco defende ainda cortes necessários para que com um Estado mais enxuto, e gastos moderados, os recursos sejam empregados em benefício do povo.

Já Marcio Lacerda (PSB), apontou a falta de planejamento e projetos concretos para o país. “ Essa situação está trazendo sentimentos como medo, raiva, desesperança e com isso, corremos o risco de ficarmos paralisados podendo acarretar em um movimento de cinismo e rebeldia”.

Postado originalmente por: Gazeta de São João del Rei

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