Sídrome mão-pé-boca tem cinco casos registrados em SJDR

São João del Rei está com o sinal de alerta ligado para uma nova doença, que vem atingindo principalmente as crianças com menos de cinco anos de idade. Se trata da Síndrome Mão-Pé-Boca, uma doença altamente contagiosa que também pode atingir adultos, embora seja menos comum.

Manchas vermelhas aparecem com mais frequencia nos pés, mãos e feridas na gengiva - Foto: Agência Minas / Divulgação

Manchas vermelhas aparecem com mais frequência nos pés, mãos e feridas na gengiva – Foto: Agência Minas / Divulgação

De acordo com a enfermeira-chefe do setor de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Eliene Freitas, cincos casos foram registrados em uma semana, sendo que destes, um foi em pessoa adulta. “Provavelmente já houve um crescimento no número de casos registrados, mas isso ainda não foi divulgado de forma oficial”, acrescenta. Até o fechamento dessa edição os números atualizados ainda não tinham sido disponibilizados.

Sobre a doença
A Síndrome geralmente tem evolução autolimitada, e a transmissão se dá pela via oral ou fecal, através do contato direto com secreções de via respiratória, feridas que se formam nas mãos e pés, pelo contato com as fezes de pessoas infectadas ou então através de alimentos e objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

Geralmente a doença inicia-se com febre, mas podem ocorrer casos sem esse sintoma, mesmo sendo pouco frequente. Um a dois dias após surgem aftas, que causam dor, e feridas no pescoço e boca, depois surgem nos pés e nas mãos sob a forma de pequenas bolhas não dolorosas, de cor avermelhada. Essas lesões podem aparecer também na área onde a fralda encosta e eventualmente podem coçar. Em geral, regridem juntamente com a febre, entre 5 e 7 dias, mas as bolhas na boca podem permanecer até quatro semanas. É comum que a criança também sofra de dores de cabeça e falta de apetite.

Medidas de prevenção e interrupção da cadeia de transmissão são importantes na Síndrome Mão-Pé-Boca, já que ainda não existe vacina contra ela. É aconselhável lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro. Além de limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência, incluindo brinquedos; evitar contatos próximos como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios com pessoas infectadas.

O tratamento em geral ocorre como em outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é feito com antitérmicos e anti-inflamatórios. Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves.

A secretaria de Saúde de Minas Gerais divulgou uma lista de recomendações para lidar com essa doença, que inclui: evitar ingestão de alimentos ácidos, muito quentes e condimentados, dar preferência a alimentos pastosos e as crianças devem ficar em casa, sem ir à escola, enquanto durar a infecção. Lavar as mãos antes e depois do encontro com a criança doente, monitorar locais de maior risco como escolas e creches, além de se orientar com profissionais da saúde quanto às medidas de tratamento.

Postado originalmente por: Gazeta de São João del Rei

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisar