Empresa brasileira vai investir R$ 500 mi no Jequitinhonha

Empreendimento será anunciado hoje pela Sigma Mineração e já nasce no sistema avançado de processamento a seco, sem barragens
(foto: Sigma/Divulgação)

 

Com tecnologia australiana de última geração, a empresa brasileira Sigma Mineração acaba de obter o licenciamento ambiental do governo de Minas Gerais para produzir no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do país, o concentrado de óxido de lítio – matéria-prima das sofisticadas e demandadas baterias dos veículos elétricos. 

investimento deve alcançar R$ 500 milhões (US$ 125 milhões) numa unidade industrial que será construída no município de Itinga, distante 635 quilômetros de Belo Horizonte, e terá capacidade para gerar cerca de 300 empregos diretos na operação.

O tratamento a seco e a produção do concentrado de lítio com teor superior a 6% no chamado grau bateria foram patenteados pela mineradora, após desenvolvimento apoiado por consultoria da Austrália, grande concorrente do Brasil na produção de minerais como o ferro.

Os recursos aplicados na planta industrial deverão alcançar R$ 1 bilhão contados os aportes previstos de empresas terceirizadas que vão atuar na planta industrial da Sigma, de acordo com Ana Cabral.

“Colocamos o Brasil e Minas Gerais no mapa global do lítio para baterias, produto de alto valor agregado e com crescimento de demanda prevista em cinco vezes deste ano até 2025”, afirma Ana Cabral.

As estimativas do setor indicam que este mercado vai evoluir da produção de 270 mil toneladas de LCE (medida em carbonato de lítio equivalente) para 1,025 milhão de toneladas de LCE dentro de seis anos. 

Na América do Sul, apenas o Chile, outro grande produtor de minerais, disputa esse mercado.

As minas adquiridas pela Sigma em Itinga, entre elas a principal reserva, batizada de Xuxa, estão localizadas na região conhecida como Grota do Cirilo e são consideradas reservas de classe mundial. “O concentrado pré-químico que vamos produzir poucas empresas estão habilitadas a entregar no mundo”, observa a executiva da mineradora. 

 

A Sigma Mineração trabalha com cronograma de 12 meses para a construção da planta industrial. A intenção é produzir 220 mil toneladas anuais do concentrado de óxido de lítio, com início previsto entre julho e setembro do ano que vem.

Inicialmente, o produto será exportado, deixando a unidade industrial em tambores por transporte rodoviário até o porto, rota de escoamento ainda em estudo. Desde a aquisição das reservas minerais até o começo deste ano, a Sigma investiu R$ 120 milhões em pesquisa e prospecção e na planta-piloto.

 

fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2019/06/11/internas_economia,1060790/empresa-brasileira-vai-investir-r-500-mi-no-jequitinhonha.shtml

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Postado originalmente por: Nova FM

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