Encontro discute a situação de TVs Educativas de Minas Gerais

Padronização de tabela, valorização do setor e a melhoria no relacionamento entre TVs educativas e a Rede Minas são alguns dos temas levantados no encontro 

Debater assuntos pertinentes às TVs Educativas de Minas Gerais e São Paulo. Este foi o objetivo do 1º Encontro de TVs Educativas que aconteceu nessa quinta-feira (25), em Guaxupé, no Sul de Minas. Desta forma, o encontro pretendeu buscar alternativas para melhorar a captação das TVs e valorizá-las diante do mercado. O presidente da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt), Luciano Pimenta, esteve no evento.

Presidente da Amirt, Luciano Pimenta, concede entrevista à TV Sul. Foto: reprodução TV Sul

As emissoras educativas são as principais prestadoras de serviços a sociedade, já que o conteúdo disponibilizado por elas é regional, o que resulta em um alto índice de audiência. Estas TVs sempre são procuradas pela população para questionar problemas no Sistema de Saúde, falta de vagas em creches e escolas, buracos nas ruas, entre outras demandas, por isso elas são consideradas uma ferramenta importante de auxílio à comunidade.

Apesar disso, entre as dificuldades que as emissoras possuem, existe a relacionada aos custos operacionais, pois geram impostos e empregos igual as comerciais, mas a captação de recursos é distinta. Sendo assim, o evento pretende encontrar soluções entre emissoras educativas parceiras, com a Rede Minas, tendo em vista que ainda não conquistaram a união almejada.

As TVs educativas entendem que o caminho para atingir algumas metas é através de uma Rede Minas forte e atuante, com pelo menos um telejornal integrado por dia e que seja exibido em todas as emissoras. Para isso, é necessário ter troca de conteúdo de programas entre a Rede Minas e TVs retransmissoras. Atentar-se para a padronização de logomarcas, canoplas, microfone, viaturas de reportagem, assim como cenário dos telejornais locais.

Entre os temas abordados no Encontro estão: Recursos para Digitalização e as soluções de quem já digitalizou; O desafio da concorrência das mídias digitais; Implantação de mídias digitais nas emissoras; Sugestões para aumento de faturamento; Ecad – dívidas e pagamentos em dia; Emissão de notas fiscais e tributação; Situação das RTVs Mistas e SICAP – dificuldades e sugestões. No evento, também foi discutido a importância da profissionalização dos departamentos de captação por meio de tabelas com valores similares entre as emissoras.

“Foi um resultado muito positivo, muito melhor do que a expectativa. Discutimos diversos assuntos pertinentes à sobrevivência das TVs locais, como as redes sociais, os portais de notícia, Youtube. Acreditamos que todos saíram com novos conhecimentos e visão de mercado. Aprendemos muito uns com os outros. Poder ver os problemas que cada um enfrenta e as soluções que cada um encontra faz a gente começar a pensar em o que fazer na nossa realidade. Estamos ansiosos para as próximas reuniões,” disse o diretor da TV Sul, Ricardo Zaiat.

Durante o evento, também foi proposto criar uma comissão para se reunir com o subsecretário de Comunicação, Roberto Bastianetto, e elaborado um manifesto para ser entregue ao governador Romeu Zema. As TVS educativas também pretendem se reunir com Zema para dialogar sobre a importância das retransmissoras da Rede Minas.

Reuniões da Amirt debatem demandas de TVs Educativas

A Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt) realizou diversas reuniões em sua sede com o intuito de encontrar solução para as principais solicitações das TVs educativas filiadas. No dia 11 de fevereiro deste ano, pelo menos 20 radiodifusores estiveram presentes em um encontro junto com a gestora de redes, da Rede Minas, Romina Farcae.

Entre os assuntos discutidos, o vice-presidente da Amirt, Mayrinck Júnior, propôs que fosse realizada uma pauta com sugestões sobre Programação, Política e Técnica para ser trabalhada em 2019. Além disso, ele relatou sobre o decreto que não inclui TV Públicas para o recebimento de anúncios do Governo do Estado e, mesmo estando presente no Planalto e solicitando a inclusão, não obteve êxito. Ainda nesta reunião, o vice-presidente da Amirt relembrou o parecer feito pelo advogado Rodolfo Moura, especialista em radiodifusão, que foi apresentado na AGE em junho de 2017 e que também teve resposta negativa.

À época, Romina Farcae sugeriu a criação de um programa onde cada emissora se comprometeria a enviar um VT de 5 minutos falando de sua cidade ou um programa que tenha em sua grade, sendo que ela ficaria responsável por isso.

Assuntos referentes a padronização de tabelas e dificuldades que os radiodifusores do interior enfrentam também foram debatidos nas reuniões.

Neste momento, a Amirt permanece tentando marcar uma reunião com o Secretário de Estado de Cultura, Marcelo Matte, para relatar os anseios do radiodifusor filiado.

Veja a reportagem da TV Sul:

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