Homens morrem 10 vezes mais que mulheres por afogamento, afirma Corpo de Bombeiros

O estudo mostrou ainda que a maioria das mortes ocorre principalmente na faixa etária dos 19 aos 32 anos

Mortes registradas por afogamento ocorrem dez vezes mais em homens do que em mulheres. A informação é do Corpo de Bombeiros, que publicou alerta sobre o aumento dos casos no primeiro semestre deste ano. De janeiro a agosto, a corporação registrou alta de 9,4% nas ocorrências de afogamento, se comparado com o mesmo período do ano passado.

Segundo os bombeiros, o tempo seco e ensolarado proporcionou aumento de pessoas em rios, lagoas e balneários. Porém, alguns cuidados devem ser tomados.

Para compreender melhor os fatores de risco que levam ao afogamento, a corporação realizou uma pesquisa qualitativa em seus registros de atendimento que demonstram que o perfil das mortes deste tipo em Minas Gerais é de homens, com idade média de 25 anos.

O levantamento apontou que, entre janeiro e dezembro do ano passado, os bombeiros registraram 281 vítimas fatais por afogamento em todo o estado, sendo 254 vítimas do sexo masculino, 26 do sexo feminino e 1 vítima de sexo não identificado.

Já no comparativo entre os períodos, a pesquisa demonstrou que, entre janeiro e agosto de 2019, das 177 ocorrências de afogamento atendidas pela corporação, 164 eram vítimas do sexo masculino, enquanto 12 eram mulheres e 1 vítima de sexo não informado.

Neste ano, entre janeiro e agosto, o Corpo de Bombeiros registrou 188 ocorrências de afogamento em todo o estado, sendo que 170 homens vieram a óbito e 18 mulheres, se tornaram vítimas fatais nos rios, cachoeiras e lagos de Minas.

Além disso, 33% dos casos de afogamento acontecem na faixa etária entre 19 e 32 anos de ambos os sexos. Ou seja, é praticamente 10 vezes maior a incidência de afogamentos de homens do que em mulheres e a faixa etária dos 19 aos 32 responde por 1 em cada 3 afogamentos no estado.

A corporação também explica que é possível afirmar que a bebida alcoólica funciona como um dos principais fatores para afogamentos, sendo um estimulante para ações mais ousadas em rios, lagos, cachoeiras e piscinas. Os militares destacam que a não utilização de equipamentos de segurança como coletes e boias também é um fator que deve ser levado em consideração. Praticamente em todas as ocorrências, as vítimas não usavam os itens de segurança.

Devido à inexistência de mar no estado, muitos banhistas acreditam que as águas menos movimentadas, como as de cachoeira e lagoas, oferecem menos riscos. Mas, conforme a corporação, esse é um pensamento que não corresponde a realidade.

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