O Ministério Público de Minas Gerais denunciou o fazendeiro que foi flagrado com uma suástica nazista no braço, em Unaí, no Noroeste de Minas. José Eugênio Adjuto vai responder pelo crime de apologia ao nazismo. Ele pode pegar de dois a cinco anos de prisão, além de multa.
Conforme a denúncia, a braçadeira foi fabricada pelo próprio homem. A foto que circulou nas redes sociais mostra Adjuto com o símbolo no braço esquerdo em um bar.
Na ocasião, a Polícia Militar chegou a ser acionada para atender a ocorrência, porém não identificou apologia ao nazismo na conduta do homem. A PM se manifestou em nota afirmando que “o entendimento inicial dos policiais militares, pelas circunstâncias no local, foi de que o uso da faixa não se enquadrava no verbo veicular”.
As investigações também apontaram “que o homem possui posicionamentos extremistas e conhecimento histórico sobre a 2ª Guerra Mundial, bem como sobre a representatividade do símbolo”.
Além disso, o Ministério Público relatou que o homem chegou a ser alertado por pessoas que estavam no bar, porém ele se recusou a retirar a braçadeira.
O fazendeiro disse, em depoimento, que não estava usando a suástica para fazer apologia ao nazismo. Segundo ele, a cruz da braçadeira representa um símbolo religioso antigo que significa “felicidade”.
A fabricação, comercialização, distribuição ou veiculação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada para promover o nazismo são proibidas em Lei (7.716/1989).
