“O crescimento no digital beneficiou e trouxe oportunidades para o rádio”, diz Daniel Starck em live sobre o áudio digital

“O áudio se conecta mais rapidamente e facilmente com as pessoas,” comentou o vice-presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda (APP Brasil), Sílvio Soledade. Além dele, o CEO do tudorádio.com, Daniel Starck, o CEO do Sua Música, Roni Maltz Bin, e o Head de Inovação da SET, Edson Mackeenzy, participaram de uma live para falar sobre o áudio digital, destacando desafios e oportunidades.

O bate-papo promovido pela Associação Brasileira de OTT – Abott’s foi mediado pelo CEO da Nextdial, Thiago Fernandes, e transmitido nessa terça-feira (25), no canal da entidade no Youtube.

Soledade recordou da época em que morava no interior de Santa Catarina, onde as pessoas tinham o hábito de conversar com o rádio. Ou seja, o veículo tinha o poder de proximidade com o público. Ele salienta que o veículo não está deixando de ser importante e que ele não vai acabar. “Acredito que enquanto o ser humano tiver a necessidade de se comunicar o áudio vai ser importante”, disse.

Para Starck, o crescimento no digital beneficiou e trouxe oportunidades para o rádio. “Antes mesmo da pandemia é percebido um crescimento mais significativo do consumo de streaming de rádio, assim como de outras plataformas. Podcasts, por exemplo, vem muito forte e é uma ferramenta que pode agregar demais para as operações de rádio”.

Ele explica que esta nova forma de distribuir conteúdo pode trazer diversas vantagens para o veículo. “O rádio sabe criar e contar histórias, se aproximar dos ouvintes. Por isso, ampliar essa abordagem é mais uma ferramenta para o rádio monetizar no digital”, ressaltou o CEO do tudorádio.com.

Durante a transmissão, Starck também explicou que o mercado de streaming vem crescendo de forma mais expressiva desde 2017. Segundo ele, durante a pandemia e com o aumento do acesso de diversos dispositivos on-line, o consumo cresceu bastante. O CEO, do portal de notícias sobre o rádio, conta que estas notícias o deixam bastante otimista.

Apesar de trabalhar com vídeo na internet e na televisão, Edson Mackeenzy sentiu necessidade de se comunicar através da voz. Desta forma, começou a trabalhar com podcasts. Para ele, é importante identificar quais canais são de entrega e distribuição. “Eu acho que, quando você consegue dominar os seus canais de entrega, você tem um diferencial. O que percebo é que as pessoas estão muito voltadas a desenvolver um produto digital, mas tão importante quanto o seu produto é você dominar seu canal de entrega. E a gente tem hoje na internet novos caminhos de distribuição”.

Starck enfatiza que aquele pensamento de que o digital “vai roubar sua audiência”, não faz sentido, visto que a tecnologia pode trazer oportunidades. “Você tem a possibilidade de passar mais tempo disponibilizando conteúdo para o seu público, seja pelo áudio, vídeo e outras ações no digital. Principalmente no áudio que é a expertise do rádio. Além de mais métricas, aumentam-se as possibilidades de comercialização”.

De acordo com ele, isso não deve ser visto apenas como uma competição. “Nos últimos anos há um crescimento em um menor ritmo, porque a parcela maior é do off-line, também do on-line. Então a gente está retendo mais gente, por mais tempo. Dentro das possibilidades e dificuldades que o mercado existe de competição, que existe de fato com outras plataformas, há uma possibilidade de crescimento para o rádio e para o áudio, que é a essência do rádio”, conclui.

Para Soledade, o grande desafio da radiodifusão e de empresas de áudio é mostrar para as marcas e para o mercado publicitário a relevância do áudio, que é conhecida, mas que precisa chegar até estes setores. Ele acredita que é necessário transformar isso em pesquisas que devem ser realizadas periodicamente, para comprovar que o veículo possui audiência, conforme dados obtidos com os estudos.

Assista a live:

 

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