Um agente penitenciário de 25 anos de idade foi acusado de tentar usar a “carteirada” para entrar gratuitamente no camarote da festa de rodeio ocorrida em Divinópolis durante a madrugada de domingo (2).
De acordo com informações de autoridades policiais, foi registrada uma acusação contra Jefferson Luis Gonçalves Silva (25) relatando que o homem teria tentado apresentar seu distintivo de agente penitenciário para entrar gratuitamente na área do camarote, dependência mais cara do evento.
Testemunhas afirmam que o acusado teria usado um tom autoritário em sua apresentação, mas o fato não intimidou a equipe de seguranças, que afirmou que o fato de ser agente penitenciário não concede acesso gratuito ao local. Por não apresentar ingressos para o camarote, Jefferson foi removido do local.
O fato gerou atrito e discussões entre as partes. A Polícia Militar foi acionada e um boletim de ocorrências foi registrado.
O acusado foi ouvido e liberado.
O caso foi encaminhado ontem (5) ao Ministério Público. Por ser funcionário público, o suspeito corre o risco de sofrer punições de sua corporação, caso venha a ser condenado.
Sabe com Quem Você Está Falando?
Na lei 8.112, o Código Penal diz que é crime exigir vantagem indevida, para si ou para outro, direta ou indiretamente, utilizando-se do cargo. A pena prevista é de dois a oito anos de reclusão e multa. As queixas contra a prática são registradas como abuso de autoridade
Divinópolis
Em pleno 2018, empresários divinopolitanos relatam que a “carteirada” costuma ocorrer em Divinópolis. Em geral, organizadores sentem-se intimidados em negar a entrada gratuita de tais autoridades em seus recintos.
No entanto, a “carteirada” é uma atitude criminosa presente não somente em shows. Tais vantagens são das mais diversas: ter atendimento diferenciado sem filas; não ser autuado por infringir normas de trânsito; obter informações sigilosas; etc.
Postado originalmente por: Portal MPA