Anão é preso suspeito de matar amigo com facadas no pescoço

Anão é preso suspeito de matar amigo com facadas no pescoço

 

Um anão foi preso suspeito de assassinar o próprio amigo identificado como Matheus Elias Araújo da Silva, em outubro do ano passado. Segundo o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, a vítima foi levada para o ‘cheiro do queijo’ e após uma discussão foi assassinada. 

“Eles eram colegas, se davam bem… provavelmente foram para o local do crime para usar drogas e em algum momento tiveram um desentendimento. Ele pegou a vítima na covardia, pois sabia que não dava para pegá-lo no braço”, explica Baretta. 

Matheus foi assassinado com várias perfurações de arma branca e várias lesões na região do pescoço, tórax e cabeça. O corpo foi encontrado em um terreno baldio no residencial Manoel Evangelista, na zona Sudeste de Teresina. 

O suspeito – identificado como Otto Antônio Francisco de Sales Fernandes – permaneceu calado e disse que “só se pronunciaria em juízo”. 

“Ele ficou calado, mas temos provas da participação dele. O Otto e mais duas pessoas foram vistas com a vítima. Pela manhã, o corpo foi encontrado no mesmo local onde eles foram vistos durante a noite”, disse o coordenador da Delegacia de Homicídios. 

O delegado Baretta afirma que o assassinato de Matheus foi um “crime cruel”. A vítima sofreu múltiplas perfurações. 

“O autor estava com desejo de matar. Para crime não tem tamanho, não tem idade, não tem classe social”, disse o delegado. 

No momento da prisão, Otto ofereceu resistência e não quis que fossem realizadas buscas nele.

 

A defesa do investigado procurou o Cidadeverde.com para esclarecer sobre a prisão de Otto Antônio Francisco de Sales Fernandes. Segundo o advogado, Raimundo Vitor Barros Dias, o fato encontra-se sob investigação, ainda na fase de inquérito policial, sendo extremamente prematura qualquer manifestação por parte da autoridade policial acerca da participação do investigado no fato, haja vista, inclusive, que o inquérito tramita em segredo de justiça, determinado pelo juiz da Central de Inquéritos de Teresina – PI.

Confira a nota da defesa 

A defesa esclarece que o inquérito policial, até o presente momento, mesmo tendo passado 04 (quatro) meses do fato, não apresentou nenhuma prova contundente da participação do investigado no homicídio. A prisão temporária foi decretada apenas com base em imagens de câmeras de vigilância que mostram o investigado e mais algumas pessoas no bairro um dia antes do corpo da vítima ser encontrado.

Nos próximos dias, o Tribunal de Justiça irá se pronunciar sobre a prisão temporária, nos autos de um Habeas Corpus, e esperamos que a Corte se convença da ausência de indícios mínimos de autoria delitiva por parte do investigado e da desnecessidade de manutenção da custódia cautelar.

Lamentamos o comportamento precipitado por parte da delegacia de homicídios, notadamente porque o investigado apresentou-se voluntariamente/espontaneamente perante a polícia, com o propósito de esclarecer os fatos, mas teve sua imagem e intimidade violadas, com a antecipação do juízo de culpa, ainda na fase investigativa, o que acaba por deslegitimar a autoridade da polícia judiciária.

 

Graciane Sousa e Izabella Pimentel
[email protected]

Postado originalmente por: Portal MPA

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