Atriz Cristiane Machado relata agressões do marido no Fantástico

 

 

O depoimento da atriz da Globo Cristiane Machado na noite de domingo (18) no Fantástico expôs em detalhes como a violência contra a mulher costuma acontecer. Câmeras escondidas pela atriz gravaram as agressões sofridas em agosto deste ano pelo marido, o ex-diplomata e empresário Sergio Schiller Thompson-Flores.

À jornalista Renata Ceribelli, Machado contou que o marido era carinhoso, amoroso, cuidadoso. “Eu tinha encontrado o homem da minha vida. Ele era meu príncipe.” Em poucos meses, veio a primeira briga.

“Começa muito sutil, com um empurrão, uma palavra grosseira, me chamava de burra… (…) Foi piorando. É uma linha muito tênue a gente entender que um empurrão é uma agressão, que ali já acabou a relação.”

As imagens mostram o ex-diplomata enforcando-a, ameaçando com faca, quebrando a casa. “Morro de medo de ele me matar”, desabafa.

Os detalhes causaram comoção.

 
 
 

Apesar das imagens mostrarem as agressões, os advogados do ex-diplomata negam que elas tenham ocorrido. Afirmam que foram editadas e que representam uma reação a uma ação anterior que teria sido praticada por ela.

Também consideram ilegal o mandado de prisão por descumprimento de medida protetiva, com o argumento de que durante setembro e outubro o casal conviveu em harmonia. Ainda afirmam que as acusações são motivadas por interesse financeiro. O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher.

 
 
 
                                                                                                                          Lilian Monteiro@lilianmonteiro

Parabéns pela coragem Cristiane Machado em se expor dessa forma. Muitas mulheres tem medo dos julgamentos. Não é fácil romper o ciclo da violência. Seu depoimento encorajará outras mulheres. Fica bem, avante. Abraços!

 
 
 
 
 
 

Feminicídio

O medo de morrer de Cristiane é refletido nas estatísticas de feminicídio do País. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres. São 4,8 homicídios para cada 100 mil brasileiras. O Mapa da Violência de 2015 aponta que, entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas morreram por sua condição de ser mulher. Do total de feminicídios registrados em 2013, 33,2% dos homicidas eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas.

Com a Lei do Feminicídio, aprovada em 2015, matar uma mulher pela sua condição de mulher, passou a ser um agravante do crime de homicídio. A mudança aumenta a pena de um terço até a metade. Para definir a motivação, considera-se que o crime deve envolver violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

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Postado originalmente por: Portal MPA

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