Em entrevista à TV Tem, uma mulher que prefere não se identificar denunciou o casal Débora Rolim da Silva e Phelipe Douglas Alves por espancarem a filha Emanuelly Aghata da Silva, de 5 anos, até a morte. Segundo a mulher, que disse ter trabalhado como babá do casal, as agressões eram contantes. “Um dia fui trabalhar e ela estava com o olho roxo. Porém, quando perguntei o que tinha acontecido, ela disse que tinha caído. Foi então que a irmã mais velha contou que a mãe havia enchido a boca dela [Emanuelly] com papel para que ela não gritasse e bateu com o guarda-chuva no olho dela”, contou.
Segundo a babá, a mãe da garota chegou a colocar papel na boca da menina para impedir que Emanuelly gritasse. Durante os três meses que trabalhou com a família ela disse que notou diversas marcas roxas pelo corpo da garota: “Ela preferia tomar banho sozinha, mas um dia decidi dar banho nela e vi umas marcas roxas nas costas. Perguntei o que tinha acontecido e ela disse que tinha caído. A mãe dizia a mesma coisa. Porém, um dia, a irmã mais velha contou que a mãe batia nela, disse que pegava a ‘Manu’ pelas pernas e batia com a cabeça dela na parede. Algumas vezes ela não queria pentear o cabelo, porque era dolorido de tanto que a mãe batia e puxava”, conta.
A babá chegou a denunciar os maus tratos à Polícia Civil mas o Conselho Tutelar arquivou o caso ao afirmar que o casal demonstrava afeto pelos filhos e somente a Justiça poderia determinar a perda da guarda. A Polícia Civil argumentou que, à época, o caso não foi entendido como de maus-tratos graves.
Emanuelly morreu na madrugada de sexta (2) após ser espancada pelos pais, a menina chegou a ser socorrida pelo SAMU da cidade de Sorocaba mas não resistiu. O casal foi preso no dia seguinte em Itapetininga, SP.
Postado originalmente por: Portal MPA
