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O Ministério Público começou nesta semana a ouvir os padres presos na Operação Caifás, que aponta desvio de mais de R$ 2 milhões em paróquias do estado de Goiás. O grupo se apropriou do dinheiro referente a doação de dízimos, taxas de casamento, batismo e recursos arrecadados em eventos como barraquinhas. De acordo com a promotoria o crime acontecia desde 2015.
O Bispo Dom José Ronaldo é apontado como o cabeça do esquema de fraude. Durante a operação, deflagrada na segunda-feira (19), o MP encontrou na casa dos nove acusados R$ 135 mil em dinheiro.
A prisão dos religiosos revoltou os fiéis. Enquanto os suspeitos prestavam depoimentos, eles rezaram e cantaram na porta do Ministério Público. A expectativa da promotoria é de que até sexta-feira (23), quando vence o prazo de prisão temporária dos envolvidos, essa primeira fase das investigações seja concluída.
“Todos falaram e apresentaram suas versões, mas houve contradições e amnésia seletiva nos depoimentos prestados”, explicou o promotor Douglas Chegury. A promotoria espera oferecer denúncias por apropriação indébita, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, podendo chegar de 10 a 20 anos de prisão, se condenados.
Postado originalmente por: Portal MPA