Os motivos pessoais que teriam provocado a saída do Assessor Especial Djalma Guimarães do Governo de Galileu Machado não foram revelados mas a redação do Sistema MPA teve acesso a conversas de bastidores que dão conta de que seriam os projetos que em breve serão enviadas para a Câmara, propondo o aumento do IPTU e a volta do CGO, imposto que era cobrado das empresas do transporte coletivo e que incide sobre a planilha de custos, aumentando o valor da tarifa do serviço.
Djalma Guimarães que é conhecido por seus posicionamentos corretos e coerentes, o que inclusive fez com que até hoje seja um vereador e presidente da Câmara bem avaliado pela população, não estaria concordando com aumentar custos para os moradores de uma Divinópolis já em crise para gerar receita para o município e garantir a governabilidade que já estaria ameaçada por causa da falta de repasses estaduais.
Analistas afirmam que existem outros caminhos para manter a cidade funcionando, sem “sangrar” o bolso da população. Uma das alternativas, seria a reforma administrativa extinguindo secretarias e cargos comissionados e também o remanejamento da estrutura administrativa para economia em alugueis, bem como a informatização completa dos serviços que garantiria economia de mão de obra.
As informações dão conta de que ambos os projetos serão levados para apreciação dos vereadores em outubro e que por isso, já em setembro, Djalma teria comunicado sua saída para não participar das manobras que estariam por vir, para garantir a aprovação destas leis. A revisão da planta de valores, que já tem ampla resistência das entidades de classe, poderá provocar aumentos superiores a 100% do que é pago atualmente.
Para que o contribuinte entenda melhor vamos dar exemplos. Uma casa simples em um bairro da cidade tem hoje o valor venal de R$ 9,97 a intenção anterior, apresentada em 2017 e que deve ser mantida, é passar para R$ 251,26. Um imóvel que custa hoje 150 mil reais pela minuta da Câmara pagaria 0,30% deste valor, desta forma o IPTU seria R$ 450,00. Na proposta da prefeitura o valor estipulado é de 1% do valor real de mercado. Portanto de IPTU o contribuinte pagaria R$ 1500,00. Sabendo que muitos dos imóveis da cidade são alugados, a conta cairia sobre os inquilinos, não atingindo diretamente os que tem poderio econômico maior.
No caso do CGO, imposto que é cobrado das empresas do transporte coletivo e não é cobrado em várias cidades brasileiras, há impacto direto sobre a tarifa do serviço o que fará com que o trabalhador pague mais caro para andar de ônibus, mais uma vez afetando diretamente as famílias de baixa renda. O custo das empresas também deve aumentar pois é o empregador quem concede o vale transporte e no caso de pequenos empreendimentos, isto pode provocar demissões, já que o custo operacional das empresas irá aumentar.
Na função de assessor especial, Djalma Guimarães é quem teria de articular a aprovação destas matérias junto aos vereadores o que estaria causando constrangimento já que teria de se posicionar contra a população da cidade o que fez com que decidisse por sua saída da equipe de governo.
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