Muitas pessoas marcam nossa história, essas pessoas fazem a diferença em nossa vida e em nosso ser. Não podemos negligenciar os momentos de aprendizagem.
Existem pessoas que são memoráveis para cada um de nós. Nossos pais, avós, professores, amigos, anônimos também. Uma dessas pessoas memoráveis era o avô de meu avô, cujo nome era Antônio conhecido como “Tõe Cachico“.
Foto de arquivo pessoal.
Homem maravilhoso que faleceu pouco antes de completar cem anos. Morreu sem perder o brilho nos seus lindos olhos azuis que destacavam no seu rosto cheio de rugas e serenidade.
Me lembro que ele lia a Bíblia até cinco vezes no ano. Muitos textos sabia de cor. Minha avó dizia: “não fique perto dele, ele é doído protestante”. Mas eu adorava sentar ao seu lado e ler a Bíblia com ele. Ou melhor eu lia e ele recitava.
Um dos textos que lemos um dia foi esse salmo. Após a leitura ele me fez uma pergunta (e não me deu a resposta): “qual a diferença do desejo do ímpio e do justo?”.
Depois de grande e após sua morte descobri a diferença.
O desejo do ímpio não se cumprirá sobre o justo pois ele deseja o seu mal, sua ruína, sua desgraça. E isso o consome por dentro (me lembra a guerra entre famílias da novela “Rei do gado”) e leva até ao ponto de tirar sua alegria.
Mas o justo verá cumprido o seu desejo sobre seus inimigos (no hebraico também está no plural). Qual o desejo do justo? Ele deseja que o seu inimigo se converta, que seja próspero, que não seja acometido de enfermidades físicas, emocionais ou espirituais.
Mas isso é um processo de tempo, de amadurecimento espiritual, de satisfação no controle e amparo do Senhor. Pense nisso. Qual é o seu desejo? Ele será cumprido (v. 8) ou perecerá (v. 10).
Um grande e fraterno abraço.
Nos eternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que aprendeu a resposta da pergunta do seu Tataravô.
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