Rascunhos da Vida: Eu vi a lagoa…

Nem sempre conseguimos conquistar tudo que sonhamos. Existe uma regência de Deus sobre todas as coisas, mas nossas atitudes nesta vida muitas vezes nos levam a esses acontecimentos.

Deuteronômio 34

Retirado do Site: https://pt.freeimages.com/photo/rock-climbing-victory-1311772

Acordamos cedo, Deco e eu, preparamos as varas, os anzóis, as linhas, iscas, os facões, bonés, álcool, panelinha, fósforos, lanche e água. Eu tinha uma bolsa bem antiga com um bolso frontal, feita de lona de caminhão de uma cor verde musgo bem clarinha, a do Deco era mais descolada, era marrom, com duas divisões, e dois bolsos laterais. Dividimos o que iríamos levar e cada um colocou em sua respectiva bolsa.

O nosso objetivo era chegar a uma lagoa onde nos disseram que havia tilápias e traíras em grande quantidade. Havia uma lenda de que era a conta de se colocar o anzol na água para se retirar um peixe. Como nunca havíamos ido até lá o nosso maior objetivo era encontrar o local com as referências que nos foram dadas.

Caminhamos então para a lagoa dos nossos sonhos. No meio do caminho passamos pelo bananal do vô Benevides, pelo muro de pedras, de frente ao “pau de óleo” cujo mito dizia que havia um espírito de índio que aparecia lá toda noite a meia noite (nunca acreditei nela, mas também nunca fui lá para averiguar). Caminhamos bastante, e nada de encontrarmos a lagoa, após horas a fio de caminhada e termos comido quase todo o lanche resolvemos subir numa pedra e olhar para ver se conseguíamos encontrar a lagoa.

Ao olhar a linda paisagem, sem ao menos admirá-la, vimos ao longe o que parecia ser a lagoa almejada. Olhei no meu relógio “Orient” para saber as horas e já eram quase três horas da tarde. Falei com o Deco: “não vai dar para ir, gastamos mais tempo no caminho do que poderíamos ter gasto. Se formos até a lagoa não encontraremos o caminho de volta”. Então decidimos voltar para casa, por outro caminho e em pouco tempo estávamos no rio Indaiá, onde aproveitamos para pescar antes de ir para casa.

Moisés falhou, e por causa do pleno conhecimento de Deus ele não entrou na terra prometida. Mas contemplou a grandiosidade das promessas do Altíssimo. Viu a terra que emanavam leite e mel, que fora atribuída como herança perpétua a descendência de Abraão, mas não entrou nela, não tomou posse da mesma.

Podemos dizer que nem sempre alcançamos nossos objetivos pessoais, mas temos a certeza que o Senhor direciona todos eles. Ele conduz, ordena e projeta todas as coisas de uma forma bem elaborada, ao ponto de fazer com que todos os nossos atos sejam por Ele encaixados numa linha de tempo sem falhas e sequencial.

Hoje nossa linha do tempo parece paralisada, mas é o tempo de Deus para reencontrarmos a rota, subirmos na pedra e olharmos ao nosso derredor, contemplar a “Lagoa” e nos prepararmos para alcança-la no tempo oportuno, no tempo de Deus. Enquanto isso nosso objetivo é agradecer a Deus porque Ele nunca nos desamparou. Pense nisso, e suba na pedra.

Um grande abraço!
Nos eternos laços do amor de Cristo!

Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que nem sempre alcançou a “Lagoa”, mas sempre subiu na “Pedra”.

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