Rascunhos da Vida: Já desejei o mal.

Quais atitudes nós tomamos quando alguém nos prejudica? Quando alguém faz algo mau contra nós ou um de nossos amados? O que fazer numa hora destas?

Salmo 137

Não sei quanto a você, mas eu já desejei o pior muitas vezes para alguém que me prejudicou, perseguiu ou feriu.

Verdadeiramente não é fácil amar alguém que nos odeia e que se acha o dono da verdade, o Senhor do saber.

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Ou amar aquela pessoa que é sempre empecilho para todos os seus projetos, que sempre arruma uma forma de destruir seus sonhos.

Uma vez fui ao velório do pai de uma pessoa que era uma “pedra de tropeço” na minha vida. Abracei a todos familiares, menos a “Pedrinha”, pois não achava oportuno, nem oportunidade. Pedi a mãe dele para dar uma palavra, e com o consentimento dela o fiz (falei uns trinta minutos, coisa que nunca faço. Fui de Gênesis a Apocalipse).

Então quando terminei, fui saindo bem devagar. A “Pedrinha” me procurou e me disse: “Pensei que você tinha vindo me afrontar, mas veio me consolar. Obrigado!”. Dei um abraço nele e fui embora.

Nunca mais conversei com ele. Também nunca mais orei contra ele (antes eu fiz muitas vezes). Acima de tudo nunca mais deixei de orar por ele e sua família (especialmente sua mãe).

Jesus usa alguns momentos em nossa vida para nos fazer refletir. Ele não quer que você não tenha sentimentos. Mas ele realmente deseja que você renuncie a dor, o rancor, o ódio e permita ser canal de bênçãos para o seu próximo.

Pense nisso, você não precisa ser amigo do seu inimigo, pois amizade é um processo que leva tempo, mas precisa amá-lo, pois isso requer maturidade.

Um grande e fraterno abraço!
Nos eternos e maravilhosos laços do amor de Cristo.

Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo no difícil caminho de amar o próximo e também o seu inimigo.